Trazer para a sala de aula o contexto histórico e cultural da data em si e do acontecimento é a proposta dos professores da rede municipal de ensino no que diz respeito a datas comemorativas. Ficam de fora a religiosidade, a parcialidade, bem como o apelo comercial. É o que esclarece a responsável pelo Apoio Pedagógico de História e Ensino Religioso da Secretaria Municipal de Educação de Londrina, Eliane Aparecida Candoti. "A orientação dada aos professores é por uma postura imparcial e sem provocar proselitismo e sem se render aos apelos das propagandas", explica.
Assim, na escola, o Carnaval, a Páscoa, o Dia do Índio, Descobrimento do Brasil, Tiradentes, Dia das Mães, Folclore, Dia da Árvore, da Família, a Proclamação da República, Hino, Consciência Negra, entre outras, não são apenas datas fixas no calendário cronológico. Candoti exemplifica: "Na Páscoa, temos o contexto que já começa na cultura judaica e que fala de um momento de passagem de uma história de libertação de um determinado grupo". E faz pensar: "Qual a origem dos ovos? Por que ovos: Por que coelho? De onde vem a história e a cultura de envolver esses elementos nesse período? E responde: "Precisamos compreender o contexto histórico e cultural dessas comemorações", ratifica.
A professora também lembra datas importantes em que as comunidades se reuniam para celebrar a colheita próspera. "Assim como comemorações para trazer ânimo pelo enfrentamento a momentos de superação da escuridão e do frio de invernos rigorosos", detalha. "No Natal, temos uma família em processo de migração e que celebra um nascimento, trata-se de uma data simbólica e não apenas uma visão cristã do fato", pontua.
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