Em uma batedeira doméstica, no Laboratório de Tecnologias e Processos Sustentáveis da Unila (Universidade Federal da Integração Latina-Americana), Luisa Parra Sierra mistura resíduos da destilação de vinho, azeite e ácido esteárico (obtido da palma), que com técnica, tempo e paciência irá se transformar em um sabão multiuso. O produto é objeto de pesquisa de Sierra, bolsista-técnica de nível superior da Fundação Araucária, que atua no Lateps.
Os materiais utilizados na pesquisa foram doados pela Receita Federal, totalizando 300 litros de vinho e 50 litros de azeite. O resíduo de vinho – ou vinhaça – utilizado na fabricação do sabão é “aproveitamento do aproveitamento”. Ele é resultado da destilação do vinho para obtenção de etanol, que depois é diluído e transformado em álcool para limpeza e desinfecção de laboratórios na Unila.
ÁLCOOL DURANTE A PANDEMIA
Leia mais:
Vestibular da UEL termina com abstenção de 20,6% nesta segunda
Inscrições para o Vestibular de Verão 2024 da UEM se encerram nesta terça
UEL tem aumento no índice de abstenções no vestibular
Provas do concurso da Sanepar serão aplicadas em nove cidades do Paraná neste domingo
A atividade de destilação teve início na pandemia de covid-19, quando as bebidas doadas foram transformadas em álcool glicerinado para, naquele momento, ser distribuído às unidades de saúde do município. A planta de destilação, como é chamado o conjunto de equipamentos, ficou parada por um tempo, mas a produção está sendo retomada.
O projeto foi iniciado em janeiro, com testes e provas de qualidade, e a produção em escala começou em maio. Até o momento, Sierra fabricou 350 unidades de sabão. Parte dessa produção será destinada à Receita e outra a unidades da Unila. A intenção, porém, é que a maior parte do material possa ser doada a pessoas com dificuldades financeiras para a obtenção de produtos de limpeza.
CONTINUE LENDO NA FOLHA DE LONDRINA.