O governo do Paraná anunciou, nesta segunda-feira (20), que vai promover um concurso público para a contratação efetiva de professores e pedagogos para a rede estadual de ensino. O número de vagas previsto é de 1,2 mil servidores, mas o número é insuficiente para recompor a defasagem nas escolas, na visão da APP-Sindicato (entidade que representa os trabalhadores da categoria).
O edital deve ser publicado pela Seap (Secretaria de Estado da Administração e da Previdência) no início de abril, contendo todas as informações sobre provas, inscrições e contratações. O certame terá duração de dois anos, mas poderá ser prorrogado por mais dois, com a possibilidade de contratar mais profissionais nesse período.
A realização de um concurso público para a contratação de professores efetivos , afirma o governo do Paraná. Os ganhos de um professor efetivado no Paraná chegam a R$ R$ 5.545,86 para 40 horas semanais, incluindo gratificação e vale-transporte.
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O secretário estadual da Educação, Roni Miranda, destacou que a contratação de novos profissionais via concurso público fortalece a educação paranaense, já que, atualmente, o ingresso do professor na rede estadual ocorre por meio de PSS (Processo Seletivo Simplificado), modalidade que contrata servidores temporários e que, por conta disso, tem uma rotatividade muito grande. “Sendo concursado, o professor fica em uma escola só, cria um vínculo com a comunidade escolar que reflete na qualidade do ensino e na aprendizagem dos estudantes”, afirmou o dirigente da pasta.
Para a APP-Sindicato, entretanto, a quantidade de vagas previstas para o concurso não supre “nem de perto” a defasagem do magistério estadual paranaense. “Hoje há em torno de 20 mil professores temporários (PSS) sendo contratados , talvez mais que isso”, estima Márcio André Ribeiro, dirigente da APP em Londrina.
“Claro que sempre haverá a necessidade de contratação de professores temporários, mas não pode, a rede, ser sustentada por eles [PSSs]”, afirma. Ribeiro explica que a questão de não é de qualidade dos profissionais. “Nós entendemos que entendemos que temos [efetivos e temporários] formação semelhante e comprovada, mas há condições que são diferentes e afetam o trabalho”, diz o sindicalista, recordando que os ganhos dos PSSs são menores, além da falta de vínculo com a comunidade.
A assessoria de imprensa da Seed (Secretaria Estadual de Educação) informou que atuam na rede de ensino do Paraná cerca de 25 mil servidores temporários e ressaltou que o concurso deve prever “esse mínimo de 1,2 mil vagas”, mas que, como terá validade de dois anos, com prorrogação por igual período, mais contratações efetivas podem ser feitas. Para efeito de comparação, a Seed informou que “os editais de professores do PSS válidos pra 2023, o 30/2022 e 70/2022, tinham respectivamente o mínimo de 4.000 e 200 vagas”.
(Atualizado às 14h22)