Viviane Ribeiro defendeu recentemente sua dissertação no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UEM (Universidade Estadual de Maringá), sob a orientação da professora do Departamento de Psicologia, Eliane Domingues.
A acadêmica se destaca por ser a primeira estudante quilombola a se tornar mestre no estado do Paraná.
Seu trabalho intitulado “Baque Mulher: Feministas do Baque Virado” teve como objetivo identificar as repercussões psíquicas e sociais desencadeadas pela experiência de integrar também o Baque Mulher Maringá, grupo percussivo de maracatu participante do movimento de empoderamento feminino.
A finalidade foi viabilizar o protagonismo feminino no maracatu-nação, por meio de um batuque composto exclusivamente por mulheres, que cantam, dançam e tocam “loas” (canções) próprias, compostas como instrumento de expressão feminista de luta e resistência pelos direitos das mulheres.
Para a coleta de dados dessa pesquisa, os procedimentos adotados foram desenvolvidos por meio da observação da participante, registrados em diário de campo e entrevistas semiestruturadas, transcritas de áudio e vídeo e apresentadas em forma de narrativas individuais.
Segundo Viviane Ribeiro, “a análise permitiu contemplar a vivência de mulheres que se uniram a partir de uma finalidade compartilhada: vivenciar o maracatu-nação aliado a uma bandeira de luta, objetivo que ao ser transposto pela singularidade de cada batuqueira, encontrou desvios no seu próprio desejo e abertura para a criação de novos sentidos”.
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