Uma pesquisa realizada em parceria com a (UNDIME) - União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e publicada pelo site de notícias G1 identificou um alargamento nas faixas etárias mais afetadas pela evasão escolar.
Enquanto, em 2019, o índice de abandono era de 2%, principalmente entre crianças de 6 a 10 anos, em 2020 ele saltou para 9,2%, com os mais atingidos sendo crianças e adolescentes de 6 a 17 anos.
De acordo com o relatório, o problema disparou durante a pandemia e cerca de 670 mil alunos ficam sem estudar em SP.
Para Olavo Nogueira Filho, diretor executivo do Todos Pela Educação, ainda existem outros três fatores que costumam estar associados à evasão e eles se agravaram no contexto da Covid-19.
"O primeiro deles é a quebra do vínculo com a educação, com a escola. O segundo tem a ver com o baixo desempenho escolar e a motivação associada a isso. E o terceiro é o aumento da necessidade de busca por renda, para complementar o orçamento familiar", explica Olavo, associando o último motivo à entrada de alunos mais velhos, até 17 anos, no grupo dos que mais abandonam a escola.
Em Londrina, um comparativo entre o ano anterior a pandemia e após o retorno às aulas presencias apresenta os seguintes dados: em 2019 eram 732 alunos reconduzidos a escola por meio de busca ativa e 37 em situação de evasão escolar.
Os números de 2021 trazem 1274 alunos em situação de recondução à escola por meio de busca ativa por meio de ações em desenvolvimento até o final do ano letivo.
De acordo com a secretária de Educação do Município, Maria Tereza Paschoal, evasão ou abandono escolar é, de modo geral, sintoma de uma situação mais ampla de vulnerabilidade em que se encontram a criança e sua família. "Por isso, cabe a cada unidade educacional acompanhar e apoiar a criança que apresenta faltas intermitentes ou consecutivas".
Na Folha de Londrina, veja quais medidas são tomadas no município.