O reuso das roupas virou uma tendência mundial e, seja por economia ou por consciência ambiental, a alta no consumo de roupas usadas faz crescer também o empreendedorismo neste segmento. Investir em brechós, então, tem sido uma alternativa para quem quer ter o próprio negócio. E para quem está pensando em abrir esse modelos de negócios, a diretora do Brechó Agora é Meu, Siomara Leite, dá três dicas.
O primeiro passo para quem quer montar esse tipo de negócio é entender que, assim como em muitos outros segmentos, a moda tem algumas vertentes e é preciso definir em qual delas irá investir.
"É importante definir o público que se quer atingir para prosperar com o negócio. O brechó de luxo, por exemplo, tem peças de grifes famosas é voltado para clientes com maior poder aquisitivo”, explica a executiva. "Há também a possibilidade de abrir um brechó infantil, que foca em pais que sabem que os filhos crescem rápido e perdem roupas com frequência. Existem muitos outros tipo, como o brechó vintage, com roupas estilo retrô, e até mesmo um brechó itinerante, que oferece a praticidade do cliente escolher uma roupa sem sair de casa”, comenta.
Leia mais:
Chefe da Igreja Anglicana renuncia em meio a escândalo sobre abusador infantil
Fila do INSS sobe 445 mil em três meses e alcança patamar de 1,8 milhão
Condenação de jornalista expõe 'zona cinzenta' da liberdade de expressão, na mira do STF
Fim da escala 6 X 1 é 'ideia estapafúrdia', diz presidente da associação de bares e restaurantes
Identificado o melhor modelo, é hora de pensar nas estratégia, ou seja, naquilo que vai diferenciar o seu negócios do concorrente, como a localização do ponto - se optar por uma estrutura física -, na decoração do ambiente, na experiência de compra e no estoque. "Todo mundo usa moda, todo mundo sai vestido, então sempre haverá consumidores, mas, para que você consiga atingir o seu público, é preciso alinhar todos seus diferenciais e é importante saber comunicá-los para que sua clientela entenda e perceba isso ao entrar”, diz Siomara.
A terceira dica da executiva é a escolha das roupas que vai vender. "Você precisa entender o que o consumidor quer. É preciso focar no estilo que você escolheu para o seu negócio, estudar o mercado. A melhor maneira de oferecer um bom produto é ter empatia, pensar que você iria gostar da peça, se você compraria”, finaliza a executiva que hoje comanda uma rede de sucesso no segmento.
Ela e a sócia, Danielle Kono, decidiram mudar de carreira e transformaram o antigo espaço que abrigava um escritório de arquitetura e uma loja de decoração no Brechó Agora é Meu, que é focado no segmento de luxo e no ano passado se tornou franquia. "Estamos quebrando preconceitos e mostrando que é possível comprar bem, sem gastar tanto, mas para isso, temos todo o cuidado com as peças que compramos e também na apresentação delas para os nossos clientes. Só adquirimos e vendemos produtos de qualidade, lavamos tudo previamente com sabão ecológico, passamos as roupas à mão e temos muito cuidado com a curadoria dos produtos”, finaliza a diretora.