Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
inadimplência

Um terço das famílias têm dívida em atraso e inflação é principal causa, diz FGV

Eduardo Cucolo - Folhapress
16 mar 2022 às 12:29

Compartilhar notícia

- Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

 Uma em cada três famílias brasileiras possui dívidas em atraso, e a alta da inflação é apontada como o principal fator para que essas despesas não sejam pagas em dia, segundo sondagem especial realizada pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).


A inadimplência chega a 58% nas famílias com renda de até R$ 2.100 e cai para 10% naquelas com ganhos acima de R$ 9.600.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Na faixa de renda mais baixa, a dificuldade de conseguir emprego é apontada como principal fator que leva à inadimplência. Em todas as outras faixas estabelecidas na sondagem, a inflação aparece como principal problema.

Leia mais:

Imagem de destaque
Entenda

PF fará reconstituição das explosões na praça dos Três Poderes e Câmara dos Deputados

Imagem de destaque
Saiba mais

PEC 6x1 ainda não foi debatida no núcleo do governo, afirma ministro

Imagem de destaque
Saiba mais

PEC que propõe fim da escala de trabalho 6x1 alcança número necessário de assinaturas, diz Hilton

Imagem de destaque
Escassez

Falta de Ozempic em farmácias leva pacientes à busca por alternativas


Foram consultados 3.525 informantes consumidores, de 3 a 22 de janeiro.

Publicidade

Se forem considerados apenas os atrasos a partir de 30 dias, a falta de pagamento atinge 21% das famílias. 


É a maior taxa já registrada nas sondagens do Ibre realizadas desde 2012. Em 2018, por exemplo, estava em 14%.

Publicidade


Se for utilizado o crédito do sistema financeiro, que considera as dívidas atrasadas há mais de 90 dias, a inadimplência fica em 17,5% na faixa de renda mais baixa e em 1,8% na mais alta.


"Houve um aumento da desigualdade durante o ano de 2021. A gente teve interrupção do auxílio emergencial, há dificuldade de voltar ao mercado de trabalho, e o setor de serviços não voltou a contratar como a gente esperava", afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens do consumidor do FGV Ibre.

Publicidade


Ela diz que o início do pagamento do Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, ajudou a melhorar as expectativas da população mais pobre, mas não foi suficiente para organizar a vida financeira das famílias, lembrando que o número de beneficiários do auxílio emergencial era bem maior.


Rodolpho Tobler, coordenador das sondagens do comércio e de investimentos do FGV Ibre, diz que o mercado de trabalho reagiu bem em relação à quantidade de vagas e à taxa de desemprego, mas a renda real da população foi corroída pela alta dos preços. "A inflação está sendo a grande vilã. O crédito está caro, a inflação ainda está alta e o mercado de trabalho não reagiu suficientemente para compensar isso."


Segundo informações da empresa de proteção ao crédito Serasa, a inadimplência no país chegou a 64,82 milhões de brasileiros no início deste ano. O número se aproxima ao recorde de inadimplentes da pandemia. Em abril de 2020, havia 65,9 milhões de endividados.


O valor total das dívidas aumentou de R$ 258 bilhões para R$ 260,7 bilhões. A Serasa está realizando um Feirão Limpa Nome emergencial até o dia 31 deste mês.

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo