O aplicativo de vídeos TikTok removeu mais de 7,5 milhões de conteúdos no Brasil no segundo semestre de 2020, mostra relatório de transparência da plataforma chinesa, divulgado na última quarta-feira (24). O país é o terceiro com maior exclusão de conteúdo, atrás de Paquistão e Estados Unidos.
O ranking considera as remoções em números absolutos. O app não revela quanto esse número representa proporcionalmente ao total de envios de cada país.
Segundo o balanço, os vídeos banidos violaram as políticas de uso da empresa, que incluem assédio e bullying, discurso de ódio, atividades ilegais, segurança de menores, suicídio e extremismo violento, entre outros.
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O total de conteúdos excluídos no período em todo o mundo representa menos de 1% do que é enviado à plataforma, de acordo com o relatório.
"Identificamos e removemos 92,4% dos vídeos antes de um usuário reportá-los, 83,3% antes de receberem qualquer visualização e 93,5% em menos de 24 horas após serem postados", diz o TikTok.
Em relação a contas, foram descontinuadas mais de 6 milhões no segundo semestre, também por infringirem políticas de uso. O TikTok diz que evitou que 173,2 milhões de contas fossem criadas por meios automatizados.
O aplicativo oferece aos criadores de conteúdo a opção de apelar da remoção de seus vídeos. Em seu relatório, afirma que ao receber um recurso, analisa o vídeo uma segunda vez e o reintegra caso ele não viole as diretrizes.
A empresa também removeu 51.505 vídeos com desinformação sobre a Covid-19 no mundo, sendo 86% antes de denúncias de usuários e 87% em menos de 24 horas.
Nas eleições americanas, 347.225 vídeos foram removidos por "desinformação eleitoral, desinformação ou mídia manipulada". Assim como outras redes sociais, o aplicativo trabalhou em parceria com verificadores de fatos externos, como das organizações PolitiFact, Lead Stories e SciVerify.
"Embora não se saiba se alguma dessas contas tenha sido usada especificamente para amplificar o conteúdo relacionado à eleição, era importante remover esse conjunto de contas para proteger a plataforma nesse momento crítico", diz o documento.
No ano passado, o aplicativo chinês foi alvo de uma ofensiva do ex-presidente Donald Trump, que tentou bloquear a plataforma como forma de retaliar a China.
Não há informações sobre as eleições municipais brasileiras. Na ocasião, o aplicativo manteve informações de autoridades oficiais em destaque na plataforma.