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Pandemia faz subir casos de doenças cardiovasculares

28 jun 2021 às 16:43

A Covid-19 deve deixar marcas ainda mais profundas na sociedade. Além da depressão e ansiedade causadas pelo isolamento, a crise financeira e as medidas restritivas fizeram com que muitas pessoas tivessem de mudar radicalmente suas vidas, adotando hábitos não tão saudáveis.


O estresse, aliado ao sedentarismo, fez com que quadros de doenças cardiovasculares se desenvolvessem com maior velocidade, chegando a níveis mais graves e precisando de ajuda médica com maior frequência.


De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, 350 mil mortes por ano estão ligadas a problemas no coração. Entre as principais causas está a falta de exercícios físicos e uma rotina não saudável.


Ficar muito tempo sentado, por exemplo, pode provocar o acúmulo de proteínas troponinas, que são liberadas pelo músculo do coração quando essas células são danificadas. Ou seja, os efeitos de passar muito tempo sem se mexer podem aparecer rapidamente. Uma outra pesquisa, publicada pela revista científica Circulation, revelou que quem passa mais de dez horas por dia na cadeira tem um nível de troponina acima do considerado normal.


Como combater o sedentarismo


Associado a doenças que aumentam o risco de aparecimento de tromboses, infarto agudo do miocárdio, angina e outros problemas cardiovasculares, o sedentarismo pode ser um grave problema para as pessoas e também para a economia, já que causa afastamento no trabalho e pode colocar em risco a saúde financeira das famílias.


Obesidade, hipertensão e diabetes do tipo 2 também são algumas das doenças que podem aparecer com o sedentarismo, aumentando os riscos para outros problemas de saúde.


Da faculdade de educação física ao curso de medicina, esses especialistas aprendem que a ausência de movimento pode gerar acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos. Isso torna a passagem do sangue ainda mais difícil, o que compromete a circulação e o funcionamento do coração.



Para evitar o sedentarismo, é necessário praticar de 150 a 300 minutos por semana de alguma atividade física moderada ou rigorosa. Ainda assim, especialistas indicam que, se só for possível praticar atividades em tempo inferior a isso, os ganhos já são maiores do que nenhuma atividade.

Há modalidades que podem ser feitas dentro de casa, respeitando o distanciamento social. No entanto, para evitar outros prejuízos, como dores nas costas e lesões musculares, é essencial que a atividade tenha o acompanhamento de um profissional, mesmo que à distância.


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