O overtraining - ou treinamento em excesso – é uma síndrome que demonstra, através de um conjunto de sintomas, que seu corpo passou do limite suportado, diminuindo assim sua performance em treinos e competições. Exageros nas práticas físicas se tornaram mais recorrentes na busca por atingir objetivos pessoais e por superar os próprios limites. Apesar disso, certos cuidados precisam ser considerados.
Os sintomas podem ser fisiológicos, como extremo cansaço, queda na imunidade, perda de sono durante a noite, sono em excesso durante o dia e aumento no número de lesões. Os efeitos pode ser, também, de ordem psicológica, como apatia, depressão, irritabilidade e até mesmo abandono do esporte.
Treinar demais, ou em volume exagerado em um único dia, aumenta o estresse muscular e articular, causando alterações no sangue, no metabolismo e diminuindo sua performance e sua imunidade. Além disso, o excesso pode causar, a longo prazo, depressão. Treinar em excesso desgasta o corpo, fazendo com que ele não consiga responder ao estresse nem combater infecções às quais estamos expostos.
Além do treino, outro fator a ser observado é o descanso. Sem ele, acaba-se favorecendo o overtraining. O ideal para atletas profissionais, ou de alto rendimento, é dormir de oito a dez horas por dia. Para quem corre ou treina por prazer, o ideal são oito horas, pelo menos. Sem o sono adequado, ocorre o acúmulo de estresse.
Esse estresse gera produção maior de cortisol, que não é absorvido durante a noite e impede algumas reações metabólicas no corpo, no longo prazo, levando a lesões provocadas pela maior contratura muscular e o aumento da pressão arterial.
É importante procurar um médico especialista em medicina esportiva para aconselhar e evitar que se chegue neste ponto. O diagnóstico desses casos deve ser feito baseado em exames sanguíneos, em testes psicológicos e na experiência do médico envolvido.