Maria Inês Paz, 21, mora em Alcochete, Setúmbal, Portugal e é uma estudante do último ano do curso de licenciatura Música na Comunidade, que junta a vertente musical com a social de intervenção. A música está presente em sua vida desde criança, mas foi nos últimos dois anos que começou a escrever e compor músicas. "É um processo bastante bonito e engraçado porque sinto que são nesses momentos em que paro e tento exteriorizar o que sinto, abraço os meus sentimentos e tento transmiti-los através da música, da maneira mais honesta possível!”, conta.
Mas seu percurso musical se iniciou antes disso, aos 10 anos, Paz encontrou para a Academia de Música. "Estive lá durante 5 anos e, para além das aulas de guitarra clássica (conhecida no Brasil como violão), tive também formação musical, coro e classe de guitarras (uma espécie de orquestra de guitarras). Concluí então aí o meu 5º grau no ensino articulado de música." Ela não continuou estudando lá, pois ficaria muito caro, então fez o secundário em uma escola artística onde fez um curso de Cinema e Vídeo, assuntos que também ama.
"Entretanto sempre senti que a música estava muito presente na minha vida, tinha muitas saudades de estar com pessoas e de cantar com elas e de aprender coisas novas”, afirma. E foi assim que Paz acabou encontrando e se candidatando para a licenciatura que está terminando. Além disso, ela faz parte de um grupo de escutismo católico, um movimento juvenil, que também faz parte de sua jornada musical. "É engraçado porque foi nos escuteiros que aprendi a fazer acordes na guitarra. Nas aulas que tinha na academia, aprendia música clássica, música de partitura digamos assim."
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Como ainda não terminou sua licenciatura, Inês não começou a trabalhar com música, mas ela compartilha que o cenário musical na sua região tem diversas iniciativas ligadas a música como concursos, concertos e festivais, mas que o centro musical de maior visibilidade no país é em Lisboa.
Paz comenta que não consegue viver sem música. "A música tem um poder tão grande nas pessoas e pode realmente transformar vidas. Vou-me apercebendo disso com o curso que estou a tirar, esta ideia de que a música pode contribuir para o desenvolvimento pessoal de qualquer pessoa."
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Além da música fazer um bem pessoal para ela, tanto ouvindo quanto compondo, Paz acredita que é a música é muito importante para os outros. "Eu estou a estagiar num lar de idosos e cada vez que vou para lá sinto que a música pode ter um papel tão importante nestas grandes vidas e cada vez sinto que se podem criar coisas muito bonitas com eles e que a música pode contribuir para o envelhecimento ativo destas pessoas."
Atualmente Paz está no processo de escrita de músicas. "É um processo longo porque às vezes sinto-me inspirada e outras vezes não e como também tenho as aulas, acabo por ficar uns dias mais cansada que outros, mas gostava muito de poder lançar umas músicas, nem que fosse um EP ou algo do gênero." Ela diz ainda que gostaria muito de poder compartilha sua música com as pessoas. "Um dia isso vai acontecer”, acredita. Enquanto isso, você pode encontrar alguns covers musicais feitos por ela na internet.
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*Sob supervisão de Fernanda Circhia