“Está cego, juiz?”, “Não entendeu ou ficou surdo?”, “Estou sem pernas para conseguir finalizar tudo isso!”, “Você é retardado ou o quê?”, “Desculpa de aleijado é a muleta”, “Fala besteira e agora fica mudo?”, “Vai me ajudar ou virou maneta?” Essas e outras expressões do tipo são usadas o tempo todo, mas representam o preconceito e a discriminação contra pessoas com deficiência. E para nomear tudo isso foi cunhada a expressão capacitismo.
Segundo a pedagoga Martinha Clarete Dutra (uma das entrevistadas na reportagem da FOLHA), o capacitismo compõe a relação de expressões que traduzem a desigualdade estrutural de nossa sociedade terminadas em ismo ou fobia, tais como: machismo, sexismo, racismo, xenofobia, aporofobia, homofobia, transfobia, lesbofobia. A palavra já consta no Volp (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), mas continua ausente de muitos dicionários.
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"Eu fiquei extremamente feliz com o fato de o capacitismo virar tema de redação no vestibular, com o sentimento de que nós podemos continuar lutando. Não, porque foi um texto nosso, mas pelo fato de um tema como esse ganhar essa relevância. Instigou uma juventude, que até aqui passava ao largo do tema, e agora vai começar a prestar muito mais atenção nisso. Trata-se de uma reflexão civilizatória necessária", ressaltou a pesquisadora em Educação.
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