No dia 28 de junho, o mundo celebra o Dia do Orgulho LGBTQIA+. Apesar de ser uma data que passa batida para muitos, ela é bastante representativa para gays, lésbicas, travestis, pessoas trans, intersexuais e assexuais, que, a cada dia, levantam uma bandeira que deveria ser comum: a igualdade, independente da orientação sexual.
A data faz referência ao episódio que ficou conhecido como "Revolta de Stonewall”, um bar de Nova York, no ano de 1969. Naquela época, eram comuns batidas e violência policial contra pessoas gays e locais que aceitavam a presença deles. Na manhã de 28 de junho daquele ano, uma ação dessas no Stonewall Inn provocou manifestações da população LGBTQIA+, em um período em que vários outros movimentos sociais estavam ativos. Os motins em decorrência desta ação policial são considerados o ponto de partida para a libertação dos gays e a luta pelos direitos dessas minorias. Desde então, os direitos das pessoas LGBTQIA+ avançaram em grande parte do mundo.
No Brasil, por exemplo, há uma luta intensa para naturalizar as relações afetivas que vão além de casais heterossexuais, mas também existem conquistas que resgatam a dignidade humana, como a adoção do nome social ao invés do nome de batismo – uma conquista que só veio em definitivo em 2018, quando o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que pessoas trans possam alterar seus documentos. É aqui, aliás, que tem uma das maiores Paradas do Orgulho LGBTQIA+ do mundo, promovida em São Paulo desde o ano de 1997. É o evento que mais leva turistas à capital paulista. Os eventos são replicados em várias localidades, como em Londrina- a comunidade não foi às ruas este ano por conta da pandemia do novo coronavírus.
Em outro lado, o Brasil também figura num outro lado da moeda: há 12 anos, está no topo do ranking de países em que mais se assassinam pessoas trans. Segundo a Rede Trans, uma pessoa trans é morta a cada 26 horas e a expectativa de vida dessa população é de 35 anos.