O isolamento social adotado como forma de controlar a transmissão do novo coronavírus tem ampliado as alternativas de empreendimentos que podem ser criados e mantidos em casa. Isso porque as pessoas que possuem seus próprios negócios têm adaptado o trabalho, para que não fiquem sem produzir novas coisas.
Os restaurantes estão trabalhando apenas com entregas em domicílio, que cresceram 74%, de acordo com a APAS (Associação Paulista de Supermercados), enquanto artistas e decoradores vendem seus desenhos e criações exclusivas pela internet, sem realizar contato presencial. Esses são apenas dois exemplos de como as pessoas estão lidando com a situação e se mantendo ativas no trabalho.
Antes da pandemia, o cenário já era oportuno para realizar trabalhos remotamente. "O hábito dos consumidores mudou com a popularização dos meios tecnológicos e do atendimento mais individualizado, e isso criou muita oportunidade”, explica César Souza, cofundador do Espaço do Empreendedor.
Para quem pretende começar agora, mas não sabe em qual negócio apostar, há algumas dicas que podem ser úteis, como fazer algo que ame ou que tenha aptidão, seguindo um planejamento claro e com metas estabelecidas.
Outro ponto de atenção é que a fase mais complicada para um negócio são os primeiros anos. Por isso, é importante escolher um segmento interessante e que tenha conexão com suas habilidades.
A vantagem neste aspecto é que os motivos mais comuns para o fechamento ou a desistência na abertura são a burocracia e os impostos que devem ser pagos para manter um estabelecimento físico funcionando.
"Priorize soluções de pouco custo, como campanhas de Facebook para negócios gerais, posts no Instagram para negócios de nicho e WhatsApp para fechar a negociação de forma direta e rápida”, defende Caroline Caracas, sócia-diretora da Marketing Minds e do Programa Empreenda-se.
Veja abaixo alguns segmentos recomendados.
Artesanato e decoração
Nesta área, não é preciso investir muito capital, usando apenas os materiais necessários para realizar os trabalhos já encomendados pelos clientes. Assim, desenhos, quadros, canecas personalizadas, almofadas e decorações completas para festas podem ser vendidas.
"Dá para participar de bazares, montar uma loja virtual ou focar em decoração e lembrancinhas para eventos como casamentos e aniversários”, diz Cristina Micheletto, consultora do Sebrae.
Alimentação
O setor de alimentação é um dos que nunca param, independentemente da crise que esteja acontecendo. Também é comum encontrar pessoas que já realizam a fabricação e venda de comida, como brigadeiro, bolos e salgados, em casa, nas ruas ou estações.
Assim, para começar o negócio, é possível escolher uma especialidade culinária e começar a fazer e vender, como as opções de comidas saudáveis, vegetarianas e veganas, por exemplo.
Idiomas
Sempre há alguém buscando aprender um novo idioma e, com a facilidade das redes, é possível ministrar aulas online e vender materiais que você tenha criado, como e-books para fases iniciais, básicas, intermediárias e avançadas do aprendizado.