A pandemia afetou o bem-estar físico, emocional e mental de milhares de brasileiros. Manter a autoestima nesse período tornou-se uma busca diária e difícil. Pensando nisso, a psicóloga Vanessa Gebrim e o fisioterapeuta dermato funcional Igor Lustosa listam algumas dicas para quem procura alternativas para cuidar do próprio bem-estar.
O período de isolamento social não é um momento fácil para se lidar. Em meio às mudanças na vida profissional e pessoal, se adaptar pode se tornar um processo difícil e doloroso. De acordo com uma pesquisa realizada pela USP (Universidade de São Paulo), em onze países, o Brasil lidera os casos de depressão e ansiedade durante a pandemia. De acordo com o estudo, o país é o que mais tem casos de ansiedade (63%) e depressão (59%). Números como esses mostram como a saúde mental dos brasileiros foi afetada no período.
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Para a psicóloga, especialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP, sentir-se bem tem sido um desafio para muitas pessoas nessa fase de pandemia. “As frustrações comprometeram até mesmo a autoestima, já que muitas pessoas não conseguiram realizar os projetos que tinham planejado. Esse aumento nos casos de depressão e ansiedade se deram também por conta das mudanças drásticas na rotina, além de todo o medo e incerteza que vieram junto. As pessoas ficaram com as emoções à flor da pele, o que prejudica o equilíbrio e contribui para a baixa autoestima”, explica.
De acordo com Lustosa, a estética começou a ser ainda mais uma forma das pessoas cuidarem de si e estimularem a autoestima neste período.
Pensando em quem busca alternativas para melhorar a autoestima e o bem-estar físico e mental durante a pandemia, a psicóloga e o fisioterapeuta listaram algumas dicas. Confira:
1. Faça terapia: a falta de autoestima pode ser uma ponte para quadros de ansiedade, medos, fobias e até para depressão. “Procurar um profissional pode ser necessário e ajuda no sentido de fazer com que o paciente entre no processo de autoconhecimento, trazendo mais segurança e autonomia para sua vida. Além disso, contribui no controle das emoções, fortalecendo a autoconfiança e auto aceitação. Existem abordagens e técnicas bastante eficazes que podem ser a chave para a melhora do bem-estar emocional da pessoa”, explica Gebrim.
2. Cuide-se mesmo estando em casa: alguns cuidados podem ser tomados mesmo durante o isolamento social. “Durante a pandemia, as pessoas que gostam precisaram parar de ir às clínicas fazer procedimentos estéticos. Mas, mesmo estando em casa, existem coisas que podem ser feitas. A principal e mais fácil é adotar uma prática diária de skin care. Existem vídeos na internet que ensinam passo a passo pra quem quer cuidar da pele em casa, mas é importante ressaltar o cuidado que se deve ter. É importante usar substâncias e produtos que sejam conhecidos e, de preferência, com indicação do seu profissional”, diz Lustosa.
3. Comemore as pequenas conquistas: durante o período de pandemia, para algumas pessoas, tornou-se mais difícil conquistar coisas que antes seriam fáceis. Comemorar essas conquistas é um fator essencial para a saúde mental. “Quando celebramos algo que fizemos e deu certo, ativamos sentimentos bons dentro de nós, sentimentos de recompensa. Nossa mente registra isso para sempre, ajudando-nos a nos sentir mais capazes diante de novos desafios e contribuindo para que sejamos mais confiantes e plenos”, complementa a psicóloga.
4. Massagens podem ser uma saída: a massagem é um procedimento antigo e mais acessível que estimula os bons hormônios (endorfinas). “As massagens revigoram o paciente, além de haver vários tipos de massagem: relaxante, modeladora para redução de gordura e a drenagem linfática, uma técnica muito utilizada para retenção hídrica e de uma certa forma oxigena o tecido e melhora o corpo. A massagem é um recurso estético que traz um retorno imediato, diferente de outros procedimentos que levam algum tempo. Esse imediatismo de resultado pode ser essencial, principalmente em tempos de pandemia”, entende Lustosa.
5. Observe-se e entenda-se: é importante entender que tudo o que a pessoa fizer, de alguma forma, contribui para que ela tenha orgulho de si mesma. “Quando a pessoa está focada em seus aspectos negativos, a insegurança certamente estará presente em sua rotina e relacionamentos. Dentro do processo de autoconhecimento, a pessoa aprende a gerenciar suas emoções e desenvolve sentimentos positivos sobre si e sobre o mundo. É importante entender que tudo o que a pessoa faça, de alguma forma, contribua para que ela se orgulhe de si e ajude a fortalecer a autoestima em tempos tão difíceis como o que estamos vivendo”, conclui Gebrim.