Mulher

Entenda as diferenças entre perimenopausa e menopausa

10 set 2024 às 17:03

A menopausa é definida pela ausência de menstruação por pelo menos 12 meses consecutivos. Como muitas mulheres passam a vida inteira sem conversar sobre o assunto, é comum que algumas não compreendam que a menopausa é somente um dos estágios do climatério, que compreende toda a fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo.


O que é menopausa 


O climatério acontece dos 40 aos 65 anos e é caracterizado pela diminuição progressiva da produção dos hormônios sexuais, especialmente o estrogênio. O primeiro estágio do climatério é a perimenopausa, período entre cinco e sete anos anterior à menopausa.


Quando os ovários entram em falência, as concentrações dos hormônios femininos, estrogênio e progesterona passam a oscilar. Os sintomas, portanto, são causados pela mudança hormonal, e a variedade deles pode causar confusão.


Dentre eles, estão: insônia, fadiga, tristeza, sensação de sobrecarga, ansiedade, irritabilidade, esquecimento, preocupação excessiva, dificuldade de conseguir se acalmar, de tomar decisões e de concentração.


A menopausa costuma acontecer entre os 45 e 55 anos, o que significa que a perimenopausa pode atingir mulheres, em geral, a partir dos 38 anos, diz o ginecologista Igor Padovesi, membro da Sociedade Norte-Americana de Menopausa e da Sociedade Internacional de Menopausa.


"As mulheres têm muito a ideia de que um exame vai apontar como estão os hormônios, como se fosse matemática, e não é. Muitas vezes não tem como saber por meio de exames. A perimenopausa é uma síndrome clínica, um conjunto de sintomas, devido à falência progressiva dos ovários", diz Padovesi.
O que é menopausa


Já a menopausa está ligada a uma série de mudanças indesejáveis: ondas de calor (os famosos fogachos), alterações de humor, diminuição da libido, aumento de peso, ansiedade e até depressão. A intensidade dos sintomas varia, mas eles atingem cerca de 70% das mulheres e costumam durar alguns anos.


Mas não é só. Outras manifestações muito frequentes são as alterações de humor, ressecamento vaginal, incontinência urinária, queda de cabelo e aumento da flacidez na pele.



O que é a terapia de reposição hormonal 


No entanto, essas manifestações podem ser amenizadas com acompanhamento médico e tratamento adequado: a terapia de reposição hormonal (TH). A queda do estrogênio (ou hipoestrogenismo) é a principal causa desses sintomas, por isso sua reposição é indispensável para a melhora dos incômodos e da qualidade de vida nessa fase. 


Essa terapia envolve a administração de estrogênio isolado ou associado a um progestagênio em diferentes doses e regimes terapêuticos, que devem ser individualizados de acordo com o histórico e os riscos individuais de cada mulher.


O estrogênio pode ser administrado por via oral ou transdérmica sob a forma de gel ou adesivo cutâneo. A escolha da via é baseada na preferência e nos riscos individuais de cada mulher.


Quais são os efeitos colaterais e contraindicações da reposição hormonal 


Os efeitos colaterais podem ser ausentes ou variar de intensidade a depender da dose e da via de administração, sendo os mais comuns: dor nas mamas, dor de cabeça, inchaço e retenção de líquido, náusea e sangramento vaginal irregular.


O tratamento desses desconfortos depende de qual efeito colateral a mulher teve. Na maioria das vezes, porém, o problema é resolvido fazendo o ajuste da dose ou da via de uso da reposição hormonal.


Entre as contraindicações estão: sangramento vaginal inexplicável, doença hepática, histórico de câncer sensível ao estrogênio (incluindo cânceres de mama e de endométrio), cardiopatias (como doença coronariana e infarto do miocárdio), acidente vascular cerebral (AVC), tromboembolismo venoso (TEV) prévio, história pessoal ou alto risco de doença tromboembólica hereditária.


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