Para quem não pôde aproveitar o verão na piscina ou na praia, ou evita se expor ao sol temendo sofrer as consequências de um bronzeado conseguido via raios ultravioleta, a boa notícia é que as alternativas para ganhar cor como o bronze a jato e os produtos autobronzeadores estão cada vez melhores, garantindo tons mais naturais, que fogem do amarelado artificial rejeitado pela maioria das pessoas.
A proibição do uso das câmeras de bronzeamento artificial para fins estéticos desde novembro do ano passado, depois da resolução publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), fez até mesmo famosos migrarem para o procedimento a jato. Circula na internet que os atores Luana Piovani e Caco Ciocler aderiram à técnica.
O médico dermatologista Leandro Neme, e sua esposa, Anita Neme, que atua como esteticista, explicam que o bronze a jato é uma alternativa segura, rápida e eficaz para quem gosta de exibir um tom dourado na pele o ano todo. ''A vantagem é que o procedimento não causa danos à pele como o sol e as câmaras de bronzeamento artificial'', afirmam. De acordo com os profissionais, a técnica é realizada por meio do jateamento de dihidroxiacetona, uma substância que reage com os aminoácidos presentes nas células da camada mais superficial da pele, produzindo um pigmento chamado melanoidina. O resultado é ter a pele ''tingida'' por sete a dez dias.
Já os autobronzeadores vendidos por empresas de cosméticos utilizam-se do mesmo produto, porém em concentrações mais baixas. ''A vantagem do bronzeamento a jato é a utilização de um spray aplicado por meio do aerógrafo, uma pistola de ar comprimido que garante distribuição uniforme do produto. Se comparado ao autobronzeamento com cremes, acaba sendo mais rápido na obtenção da cor desejada'', explica Leandro.
A empresária Eládia Morinigo, proprietária de um centro de estética em Londrina, explica que a sessão de bronze a jato dura em média uma hora e meia, contando o tempo necessário para fazer a esfoliação da pele do corpo, o banho e a aplicação do produto. Após receber o jato, a pessoa terá de esperar 20 minutos para a secagem da pele. ''A vantagem da técnica é que não mancha a roupa nem o biquíni. Basta lavar normalmente que o produto sai do tecido'', diz a empresária.
Entre as recomendações, as mais importantes são permanecer durante 8 horas depois da aplicação sem tomar banho, evitar praticar atividades físicas que estimulem a transpiração e vestir roupas leves. No primeiro banho é melhor deixar a bucha de lado. De acordo com Eládia, o produto leva oito horas para agir completamente.
Mãos, pés e rosto são regiões que não recebem o jato de tinta, explica Eládia. ''Podemos fazer a aplicação nessas áreas, mas houve casos de clientes que não gostaram do resultado'', avisa.
No centro de estética que comanda, Eládia conta que são realizadas de cinco a 10 sessões semanais de bronzeamento a jato. Cada sessão custa R$ 80. ''Em geral é necessária apenas uma aplicação para ficar com a cor ideal. O procedimento é muito procurado para quem vai a eventos como casamentos e festas de formatura'', conta.
A reportagem acompanhou a sessão de bronze a jato da modelo e nutricionista Vivian Munhoz, de 22 anos. Como ela nunca havia passado pelo procedimento, o resultado superou suas expectativas. ''Gostei desta técnica de bronzeamento, especialmente pela luminosidade e o tom uniforme que deixou na pele'', avalia.
Gravidez e alergia
As contraindicações do bronzeamento a jato, explica Leandro Neme, são para as mulheres grávidas, pessoas que apresentem ferimentos cutâneos ou alergia à dihidroxiacetona, o que é raro, segundo o médico. Para evitar complicações, o dermatologista recomenda testar o produto em uma pequena área do corpo, e em casos de alergia, buscar ajuda de um médico dermatologista.