Há anos você sonha em corrigir aquele 'defeitinho' que tanto incomoda no seu corpo? Então, antes optar pela cirurgia plástica como sulução para o seu problema, saiba que as cicratrizes - mesmo nesse tipo de cirurgia - são inevitáveis.
Antes de se submeter a qualquer operação, é imprescindível que o paciente seja informado sobre o tamanho e a localização da cicatriz. "É preciso entender que não existe cirurgia sem cicatriz. Um bom cirurgião pode tentar deixá-la menos aparente, mas não pode eliminá-la por completo", afirma o cirurgião plástico, Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada, em São Paulo;
"O paciente deve ser conduzido a refletir que se trata de uma troca: no lugar de um problema de contorno corporal, ele ganhará formas mais modeladas, mas também uma cicatriz. É preciso esclarecer o tamanho do corte, onde vai ficar, como é o processo de cicatrização, quanto tempo demora a recuperação detalhadamente", diz o médico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
No caso das cirurgias plásticas para retirada de pele, após uma cirurgia bariátrica, não há como evitar os grandes cortes. Em geral, a flacidez da pele de quem perde 60, 70 kg é de tal magnitude que precisam ser retiradas grandes quantidades de pele das regiões a serem reconstituídas. O que o cirurgião plástico tenta fazer é situar essas cicatrizes em locais menos visíveis. "No caso da reconstituição da barriga, por exemplo, procura-se posicionar o corte na área que fica coberta pela calcinha ou pelo biquíni. Na coxa, o local escolhido é a chamada prega iguinal, próxima da virilha. No braço, a cicatriz deve ficar na parte interna e o mais perto possível da axila", diz Penteado.
O processo de cicatrização, explica Ruben Penteado, passa por várias etapas e, em geral, completa-se em dois anos. Nos 30 primeiros dias após a cirurgia, o sinal ainda é pouco visível. No mediato, que vai até o 8º ou 12º mês, ele se mostra avermelhado e, em alguns pacientes, elevado e largo. É no período chamado de tardio, após um ano, que este sinal começa a ficar mais claro e menos consistente.
"O resultado final da cicatrização depende de cada paciente, das suas condições nutricionais, do seu histórico de doenças, dos remédios que eventualmente esteja tomando, dentre muitos outros fatores", esclarece o especialista.
Um acompanhamento cuidadoso nos primeiros seis meses de cicatrização é fundamental. "O paciente também deve seguir à risca a recomendação médica de não realizar esforços que tensionem a pele na região do corte. O esforço pode quebrar os pontos ou provocar inflamação", reforça Penteado.
07)No terreno dos curativos, um grande aliado são os adesivos de gel de silicone. Aplicados sobre os pontos durante três meses, especialmente na barriga e nos seios, esses adesivos controlam a produção das fibras colágenas, evitando os exageros que podem levar a uma cicatriz grossa ou até à formação de quelóides.
"O quelóide é uma cicatrização exagerada que ultrapassa o corte ou trauma cirúrgico. Em geral, resulta do acúmulo anormal e exagerado das fibras colágenas no local do corte. Existem algumas partes do corpo mais propensas à formação desse tipo de manifestação, como a região das articulações, o ombro, a área central do tórax ou os lóbulos das orelhas e do queixo. O que determina a tendência ao quelóide é o fator genético. Peles negras e orientais estão no maior grupo de risco de aparecimento de quelóides", explica Ruben Penteado.
Durante o pós-operatório, quem tem tendência à formação de quelóide deve manter um rigoroso repouso para não provocar o estiramento da pele, evitando que os pontos fiquem distendidos além do natural. "O uso de corticóide - que inibe algumas etapas da cicatrização e possibilita maior controle durante o processo - ou de pomadas e curativos oclusivos com o mesmo princípio ativo é outro grande aliado para evitar o aparecimento de quelóides", finaliza o médico.
Serviço:
www.medintegrada.com.br
http://dicadebeleza.wordpress.com