Com o crescimento da conscientização sobre a importância da preservação ambiental, a moda transparente ganha cada vez mais adeptos. A forma de consumo e a produção passam por mudanças na medida em que os sinais de desperdício são conhecidos.
A estimativa é que, apenas no Brasil, cerca de 175 mil toneladas de resíduos têxteis são descartados por ano e apenas 20% deles são reciclados ou reutilizados.
O consumo mundial não possui um caminho diferente. De acordo com a fundação britânica Ellen MacArthur, a cada segundo, um montante equivalente a um caminhão cheio de sobras de tecido é queimado ou descartado em aterros. Isso representa um total de US$ 500 bilhões em materiais que são jogados fora.
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"A produção de moda é uma questão complexa, que impacta as emergências climáticas e a desigualdade social, causa catástrofes no mundo e não condiz com um planeta que clama por mudanças. Espero que cheguemos a um momento em que a indústria siga um propósito e seja mais transparente”, declara Fernanda Simon, precursora do movimento no Brasil e diretora-executiva da ONG (Organização Não Governamental) Instituto Fashion Revolution Brasil.
No entanto, entendendo a real importância dessa questão, diversas lojas de roupas têm se preocupado com o modo de produção de suas peças, tornando a moda mais sustentável e consciente para seus consumidores.
Além disso, há também o princípio de que a roupa mais sustentável é a que já existe, com diversas alternativas de compartilhamento de peças, vendas em brechós, bazares e customização.
O aplicativo Roupa Livre é um dos exemplos, já que funciona como uma rede social em que é possível trocar roupas com outras pessoas. A ideia consiste em publicar fotos das roupas usadas, como blusas femininas, casacos e jeans, e os interessados podem dar um like.
O chat é desbloqueado caso você também se interesse pelas peças da pessoa, como um match dos aplicativos de relacionamento, para que as trocas sejam organizadas entre as pessoas.
Esse também é o método de funcionamento da Roupateca, primeiro guarda-roupa compartilhado do Brasil, que fica localizado em São Paulo. A coleção de peças vai das nacionais às internacionais, e podem ser alugadas através de planos de assinaturas mensais, que possuem preços disponíveis correspondentes à quantidade de roupas que serão emprestadas por mês.
Fora dos grandes centros e encontrados em diversas cidades do país, os brechós também são alternativas baratas e sustentáveis. Normalmente, as pessoas podem vender e comprar peças a preços mais baixos. Além disso, as vendas podem acontecer de forma presencial e online, com entregas em estações de trem, metrô ou pontos de ônibus.