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Escolha do método anticoncepcional exige cuidados

05 jun 2009 às 09:37

Os jovens começam a vida sexual cada vez mais cedo, e a escolha do método contraceptivo é fundamental para ter uma contracepção segura. A evolução da medicina e dos contraceptivos permite que casais jovens possam fazer o planejamento familiar com muito mais segurança, e decidir qual a melhor hora para ter um bebê. A decisão pelo método a ser escolhido deve ser tomada com ajuda médica, pois apesar de seguros, alguns anticoncepcionais podem gerar fatores de risco para a paciente.

Segundo o médico Vinicius Medina Lopes, especialista em reprodução humana do Instituto Verhum, de Brasília, é importante que a mulher tenha muito cuidado na seleção do método para não utilizá-lo indiscriminadamente. A escolha de um contraceptivo inadequado pode ter implicações até na fertilidade. "Os medicamentos modernos oferecem menos riscos, porém é importante a orientação médica já que as contraindicações variam de acordo com cada caso", explica.


Mulheres que usam anticoncepcionais orais e fumam têm 10 vezes mais chances de desenvolver uma embolia pulmonar, tromboflebite, infarto do miocárdio, AVC (acidente vascular cerebral). "Destaco também que mulheres acima de 35 anos ou mais têm que fazer uma escolha: ou ela fuma ou toma anticoncepcional oral. Se tiver que usar, deve optar por uma pílula que só contenha progestagênio", informa o médico. Aquelas com suspeita de gravidez, sangramento uterino anormal, doenças cardiovasculares, câncer de mama declarado ou suspeito, também devem evitar a pílula comum.


Aquelas mulheres que já possuem histórico familiar de trombose precisam de orientação médica na hora de escolher o anticoncepcional, já que o fator de risco é maior nestes casos devido às dosagens de estrogênio dos produtos, explica Natália Zavattiero, médica especializada em Reprodução Humana, que também atua no Instituto Verhum.

Os anticoncepcionais são medicamentos de abrangência variada e utilizados por muitas mulheres também para tratamentos de pele. De acordo com Natália Zavattiero, alguns contraceptivos são antiandrogênicos e capazes de diminuir a oleosidade da pele, interferindo na acne e melhorando até mesmo o aspecto físico do cabelo. Há anticoncepcionais específicos que auxiliam neste tipo de tratamento. Pacientes com ovário policístico, por exemplo, recebem orientações especiais, já que normalmente apresentam irregularidades hormonais, surgimento de acnes e aumento de pelos. "Nesses casos é fundamental que a paciente tenha a indicação de um especialista, já que existem também as contraindicações", atenta a médica.


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