Acne é o nome dado ao que chamamos popularmente de cravos e espinhas. Ela é uma doença da pele que afeta uma estrutura chamada folículo pilossebáceo, formado por uma glândula sebácea e por uma espécie de canal, em que se forma o pelo.
A doença aparece quando o folículo é obstruído ao mesmo tempo em que a glândula sebácea produz oleosidade em excesso. Se isso acontecer, surge o cravo. No ambiente criado dentro do folículo obstruído, uma bactéria chamada Propionibacterium acne se multiplica e produz substâncias que iniciam um processo de inflamação, transformando o cravo em espinha.
A acne ocorre em pessoas de todas as etnias e os locais em que ela mais aparece são a face, o tórax e as costas, onde há maior concentração de folículos pilossebáceos.
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A acne pode ter influência hereditária: se os pais tiveram um quadro de acne, são grandes as chances de o filho também ter. No entanto, o fator hereditário não é compulsório, já que há casos de pessoas que não apresentam a doença, enquanto os pais tiveram ou os irmãos têm. Pode acontecer também de uma pessoa, cuja família não apresenta casos de acne, ser o primeiro a ter a doença.
As alterações hormonais também exercem papel importante. Essa razão explica por que a acne é tão comum entre os adolescentes, que vivem uma fase de verdadeira ebulição hormonal. Entretanto, a doença não é exclusividade dos jovens, sendo também comum em mulheres adultas, devido às flutuações dos hormônios.
Mesmo nas mulheres que não apresentam quadro de acne podem ser percebidos cravos e espinhas, ao menos uma vez por mês, entre a ovulação e a menstruação. Problemas de ovários policísticos também merecem ser investigados, pois podem estar relacionados às variações anormais dos hormônios e, consequentemente, com o aparecimento da acne.
Outro fator que pode contribuir para o surgimento da acne é o estresse. Ansiedade, alterações no sono e cansaço podem fazer com que o corpo libere hormônios específicos, que implicam no aparecimento da acne.
Não se deve esquecer também do uso inadequado de cosméticos e maquiagem. É preciso escolher os produtos certos para a pele oleosa e evitar receitas caseiras.
Quanto à alimentação, estudos recentes apontam que alimentos que elevam muito a taxa de glicose no sangue podem piorar o quadro da acne.
Não existem evidências de que a luz solar tenha efeito sobre a acne. Entretanto, a exposição aos raios ultravioletas aumenta o risco de câncer de pele e de envelhecimento precoce. Além disso, alguns tratamentos contra a acne aumentam a sensibilidade da pele, agravando os riscos da exposição aos raios ultravioleta.
De acordo com a severidade da acne, existem diversas opções de tratamento: desde os tópicos (sabonetes, loções e cremes) até os de uso sistêmico (medicações tomadas por via oral).
Quase todos os casos de acne podem ser resolvidos atualmente. Porém, para se ver livre dela e prevenir uma nova formação, é preciso ter em mente que a solução leva tempo. O que funciona para uma pessoa não necessariamente dará certo para outra e a ajuda de um dermatologista é imprescindível, pois se a acne não for tratada rapidamente, pode deixar cicatrizes.