Moda e Beleza

Depilação a laser tem longa duração, mas não é definitiva

29 out 2009 às 09:55

Razões estéticas, higiene, costumes, problemas médicos existem muitos motivos para a depilação do corpo humano. Ao longo da história e de cada cultura, a extensão e o tipo de pelo retirado foi variando, bem como os métodos utilizados para fazer essa depilação.

Mesmo pilosidade normal, como a da axila e virilha, por causa dos costumes, acabam se transformando em problemas com a frequente necessidade de se submeter à processos desagradáveis e pouco eficientes de remoção. Outro problema são as dermatites geradas pela simples presença do pelo ou por sua retirada com os métodos convencionais. Algumas alterações hormonais podem modificar a distribuição e localização dos pelos, gerando também desagrado aos seus portadores.


Hoje em dia, vê-se uma tendência de depilações cada vez mais extensas, com a retirada quase total dos pelos do corpo em alguns casos. Também tem sido cada vez mais comum a depilação masculina, com a retirada de pelos que até pouco tempo eram considerados símbolo de masculinidade e poder. E as novas tecnologias, como a depilação a laser e a eletrólise contribuem para que esse desejo seja alcançado.


A capacidade depilatória de radiação a laser foi um descobrimento casual, a partir de aplicações a laser no tratamento de tatuagens onde áreas tratadas apresentam uma depilação duradora. O objetivo da depilação a laser é a eliminação do pelo desde a raiz, a partir da destruição seletiva, uma transferência energética para detonar o folículo piloso e a papila, sem afetar o resto das estruturas e tecidos vizinhos.


A duração do tempo da sessão depende do paciente. A duração de uma sessão é determinada muito pela dor que o paciente sente durante a aplicação do laser, pelo tipo de aparelho utilizado e pela extensão da área a ser tratada. Os resultados começam a ser vistos geralmente de 4 a 6 sessões, e deverá ser feita a manutenção a cada 4 a 6 meses.


A depilação a laser não é definitiva, mas sim de longa duração. São eliminados cerca de 80% dos pelos os que resistem são os mais finos, com menor concentração de melanina. Os pêlos eliminados não voltam, no entanto, nada impede que pêlos novos venham a nascer no local tratado. Em áreas como virilha, axilas e pernas isso é mais difícil de acontecer, mas em locais onde há maior interferência hormonal, como rosto, seios e barriga, não é incomum voltar a ter pêlos.


É recomendável consultar um ginecologista ou endocrinologista antes do procedimento para avaliar se há algum possível problema hormonal causando excesso de pêlos. Os efeitos adversos são maiores nos fototipos mais altos (III em diante), podendo-se observar eritema (vermelhidão) e edema (inchaço) perifoliculares. Pode ocorrer também discromia (hipo ou hiperpigmentação), sendo este o efeito colateral mais comum. Cicatrizes são raras.


Alguns cuidados devem ser tomados após o tratamento: Não esfregar o local com sabonetes ásperos ou esponjas durante o banho, evitar exposição ao sol e evitar medicação tópica para acne ou ácidos por sete, todas essas recomendações devem ser seguidas por sete dias.

*Por Vera Lucia de Toledo Mendes, Ginecologista e Obstetra, especilizada em Medicina Estética, pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino. Mais informações pelo telefine (13) 3227.5133.


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