Com o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras, as pessoas voltam a mostrar o rosto por inteiro na rua, no trabalho e nos compromissos sociais. Diante disso, alguns mercados – dermatologia, ortodontia e cosméticos – ficam aquecidos novamente e são buscados por muitos consumidores e pacientes.
Há 28 anos Clarisse David é dona de um ponto comercial na avenida Souza Naves que trabalha com cosméticos de várias marcas. Durante a pandemia, a venda geral de maquiagens caiu um pouco, mas o batom foi o item menos procurado. “Caiu uns 60, 70%”, avalia ela. “Só vendia aqueles tipo lip tint, que você passa, seca, e pode usar com máscara”, conta a vendedora, que estava, até fevereiro, colocando vários desses itens pela metade do preço para liquidar o estoque.
“Muita gente, mesmo com a máscara, ainda era obrigada a usar maquiagem, né? Rímel continuou vendendo – não tanto quanto antes, mas vendia –, delineador vendia bem, mas o bendito do batom caiu bastante”, afirma Clarisse.
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A dentista Viviane Molina também sentiu a ausência dos seus pacientes, sobretudo nos tratamentos profiláticos, como limpeza, avaliação geral e clareamentos. “Na pandemia os pacientes ficaram com muito medo de ir ao consultório. Ninguém sabia como era a prevenção, os cuidados que tinha que ter”, relembra.
Embora não tenham se ausentado tanto, os pacientes da dermatologista Patricia Makino mudaram o foco dos seus tratamentos. “Logo no início, com a obrigatoriedade das máscaras, houve uma preferência maior para toxina botulínica de terço superior da face, para as linhas horizontais da testa, as linhas ao redor dos olhos, da sobrancelha – áreas que ficavam mais visíveis com o uso de máscara”, comenta a médica. Outro procedimento que também passou a ser muito visado foi o preenchimento de olheiras.
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