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Botox pode ser usado para combater suor excessivo

25 fev 2011 às 08:56

Toxina Botulínica é uma grande aliada no combate ao suor excessivo

Verão, calor e, consequentemente, suor. Quando o corpo aquece além do normal, ele precisa se resfriar e, por isso, as glândulas sudoríparas lançam suor sobre a camada externa da pele. Porém, cerca de 1% da população tem transpiração excessiva, a hiperidrose, um problema que tem solução com a aplicação de toxina botulínica, o famoso Botox, muito utilizado para a diminuição das rugas.


A hiperidrose, que ocorre por causas desconhecidas, acontece quando o organismo produz mais suor do que necessita para regular a temperatura corporal, gerando sérios transtornos. A pessoa que sofre com isso sente-se incomodada em público, devido às manchas de água embaixo das axilas e nas costas, além da sensação de umidade nos pés, nas mãos ou em outras partes do corpo.


Existem diversos tratamentos para a sudorese, como uso de antitranspirantes, iontoforese (introdução de radicais químicos nos tecidos, através de um campo elétrico), medicamentos, cirurgia e Botox. Segundo a cirurgiã plástica Léa Mara Moraes, o Botox tem sido muito recomendado. "Ele é uma alteranativa segura e simples", comenta a médica.


De acordo com a International Hyperhidrosis Society, um estudo clínico em 322 pacientes com sudorese intensa nas axilas mostrou que 81% melhoraram com injeções de toxina botulínica, com redução de mais de 50% do suor. A melhora do suor durou 201 dias (quase sete meses) em mais em 50% desses pacientes.


A cirurgiã plástica explica que a toxina botulínica é uma proteína natural purificada e pode ser utilizada principalmente nas axilas. Quando aplicada, a toxina botulínica bloqueia o nervo da glândula sudorípara, interrompendo temporariamente a passagem do estímulo que provoca o suor.


É importante procurar um médico com experiência no uso do produto, que pode fazer aplicação no próprio consultório. "O procedimento é simples e não demora muito. Avalio o local e a quantidade aproximada de injeções. Depois, com uma agulha fina, injeto pequenas quantidades do medicamento sob a pele próxima às glândulas sudoríparas", explica Léa.


Ela ainda ressalta que a técnica pode causar um pouco de dor e, "para evitar o desconforto utilizo um anestésico tópico", afirma. O paciente pode voltar às atividades normalmente e a aplicação pode ser repetida em até dez dias, caso apareça algum ponto adicional não combatido.

A cirurgiã plástica ressalta que o Botox não cura a hiperhidrose. "Com o tempo, o suor volta, por isso é importante reaplicar a toxina botulínica. O período para as novas injeções variam para cada caso, mas geralmente de 7 a 16 meses", finaliza.


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