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Veja cuidados ao comprar brinquedos para o Natal

Redação Bonde com Assessoria
18 dez 2018 às 16:06

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- Shutterstock
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Para reforçar a prevenção a acidentes envolvendo brinquedos, que afetam crianças e adolescentes, a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) divulgou hoje (18) um alerta aos pediatras para que orientem pais e responsáveis sobre cuidados a serem observados na hora das compras, em especial para o Natal. A preocupação é contribuir com a proteção da saúde, do bem-estar e da vida da população pediátrica.


1) Em casa, teste se um brinquedo é muito pequeno e oferece riscos de engasgo e sufocação para uma criança menor de três anos;

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2) Os brinquedos não devem ser pequenos e nem conter partes destacáveis que possam ser colocadas na boca. Observe o número de peças ou regras de montagem, quando for o caso;

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3) Os materiais utilizados na fabricação dos brinquedos devem ser resistentes, não tóxicos e não inflamáveis;

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4) Objetos com pontas ou bordas afiadas, pistolas com projéteis, dardos e flechas devem ser evitados, pois podem causar ferimentos de gravidade variável;


5) Brinquedos com correntes, tiras e cordas com mais de 15cm devem ser evitados pelo risco de estrangulamento de crianças pequenas;

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6) Crianças de até cinco anos não devem receber brinquedos com partes em vidro;


7) Brinquedos elétricos (ligados em tomadas, com elementos de aquecimento, com pilhas e baterias, por exemplo) não são aconselhados para crianças menores de oito anos, pois podem causar queimaduras e, em alguns casos, contém elementos corrosivos que podem causar danos ao tubo digestivo (se ingeridos) ou sufocação (quando aspirados);

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8) Ao presentear com bicicletas, patins, patinetes e skates, alerte sobre regras de segurança e oriente para uso de equipamentos de proteção, como capacetes, joelheiras, cotoveleiras, luvas e buzinas;


9) É importante estar atendo à faixa etária recomendada pelos fabricantes, bem como verificar seus dados (nome da empresa, CNPJ, endereço);

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10) Cuidado com falsificações: etiquetas e rótulos podem conter marcas falsificadas por contrabandistas.


A SBP, que elaborou esse alerta por meio de seu Departamento Científico de Segurança, chama a atenção dos adultos para outro ponto importante: a necessidade de verificar se o produto adquirido para a criança está em acordo com a faixa etária recomendada pelos fabricantes. "As instruções a respeito do uso do brinquedo devem ser claras, objetivas e com ilustrações. Produtos importados devem trazer as mesmas informações exigidas para os nacionais, em Língua Portuguesa, bem como as marcas do Inmetro e do organismo de certificação", cita a mensagem aos pediatras.

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Com a chegada do Natal, as vendas de brinquedos aumentam consideravelmente e, consequentemente, os riscos também. Apesar de desempenharem um importante papel no desenvolvimento das crianças, eles também podem ser perigosos. No Brasil, o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia) realiza uma série de teste visando garantir a qualidade e a segurança dos brinquedos, porém muitas crianças ainda são atendidas nos serviços de emergência com lesões relacionadas com o uso dos brinquedos.


Segundo registros do Sinmac (Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo), os artigos da linha infantil são responsáveis por 13% dos relatos recebidos entre os anos de 2006 e 2015. Destes, 28% estão relacionados a brinquedos. De acordo com as estatísticas do Sinmac, escoriações e arranhões são as principais lesões causadas por brinquedos, com 18%; seguidos dos cortes (16%) e entorses e sufocamentos, ambos com 8% dos relatos registrados. Entre as partes do corpo mais atingidas, estão: mão, com 19%; pé, com 13%; face, com 11%, e órgãos internos, com 8%.


"Os brinquedos devem ser apropriados à idade, ao interesse e ao nível de habilidade da criança. Um brinquedo que serve para uma criança de mais de oito anos pode ser perigoso para uma que tem três, já que estas têm tendência a colocar pequenas peças na boca e são mais propensas a engolir ou sofrer engasgos e sufocação", explica o presidente do Departamento de Segurança do SBP, Mário Hirschheimer.

Segundo Hirschheimer, quedas e engasgamentos são os principais responsáveis pelos acidentes e mortes relacionados aos brinquedos. Ele observa que as bexigas, os balões de látex, as bolinhas de gudes, as peças e os objetos pequenos representam risco de engasgamento e sufocação.
"Além de escolher brinquedos que não apresentam perigos, é importante que os pais ou cuidadores observem se as crianças saibam como usá-los e se estão brincando em locais seguros. A melhor maneira é supervisionar as brincadeiras e até mesmo participar delas, aproveitando o momento para interagir com as crianças e a ensiná-las a dividir e respeitar as regras", complementa.


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