Assim como a tecnologia foi introduzida em todas as áreas da nossa vida, as redes sociais também se tornaram uma parte diária dela. Essa é uma área em que as crianças não são excluídas e, de fato, existem redes sociais criadas para elas por meio das quais elas podem começar sua experiência online.
Geralmente, esses tipos de redes são comercializados como espaços moderadamente seguros, nos quais as crianças podem interagir, enquanto os pais podem supervisionar suas atividades.
Para tornar a inserção de menores nas redes sociais o mais segura possível, a ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças, analisa alguns pontos que podem ser úteis para os pais discutirem com seus filhos antes de ingressarem no Facebook, Instagram, TikTok ou outras mídias sociais. Aqui estão os três destaques:
Tem certeza de que deseja compartilhar isso?
O que acontece na Internet não se apaga. Isso é algo que a maioria dos adultos tende a esquecer, embora deva ter isso em mente sempre que considerar compartilhar algo na internet.
Essa ideia deve ser transmitida a meninas e meninos que ingressarão nas redes sociais voltadas para adultos. Se eles querem publicar ou compartilhar algo devem sempre pensar em como isso será refletido no futuro. Embora possa ser difícil discutir esse tópico com os adolescentes, é importante.
Uma boa regra geral para aprovar antes de postar qualquer coisa é perguntar o que um parente mais velho (um avô, por exemplo) diria se visse o conteúdo.
Outro exemplo que pode ser usado para trabalhar nessa ideia é falar sobre como uma indiscrição durante a juventude pode se tornar um fardo no futuro. Infelizmente, existem muitos exemplos de tweets, postagens em fóruns e até mesmo comentários de fotos que foram coletados no passado para assombrar artistas, figuras esportivas e funcionários públicos.
Você realmente conhece essa pessoa?
"Não fale com estranhos" é talvez uma das frases que uma criança ouve com mais frequência durante a infância. Embora a maioria dos adolescentes considere que as redes sociais são mais seguras por estarem online e que, portanto, essa regra "não conta", os pais devem comunicar claramente que os riscos são os mesmos e, em alguns casos, eles podem até ser piores.
Existem inúmeros exemplos de histórias envolvendo adolescentes que sofreram de grooming. Para reforçar essa ideia, existem vários filmes e séries que abordam o tópico de interagir com estranhos pela Internet. Nesse sentido, Black Mirror (Netflix) é uma daquelas séries que tratam do assunto do lado sombrio da tecnologia e da vida conectada, embora da ficção científica.
Configurações de privacidade e sua importância
As redes sociais atualizam continuamente suas configurações de privacidade e segurança para acompanhar as mudanças do público em geral e dos governos. Portanto, inserir nos adolescentes um senso de responsabilidade pela forma como seus dados são tratados e visualizados é muito importante.
Para esse fim, algumas redes sociais começaram a introduzir ferramentas que permitem ao usuário revisar as configurações de privacidade em sua conta. O Facebook, por exemplo, oferece a "verificação rápida da privacidade". Essa ferramenta permite que você veja o perfil do usuário através dos olhos de diferentes tipos de espectadores, de amigos a estranhos, para que você possa escolher com mais facilidade o que deseja compartilhar e com quem. Outra opção é determinar quem pode ver suas postagens anteriores e futuras.
"Educar uma criança em um mundo cada vez mais digitalizado pode ser desafiador, especialmente porque muitas das opções e tecnologias não existiam quando os adultos tinham a idade de seus filhos. No entanto, é importante passar poresses desafios e preparar os pequenos para que tenham ferramentas suficientes para enfrentar e aproveitar o mundo digital e o mundo físico, pois estão profundamente entrelaçados. Torná-los conscientes dos riscos e das armadilhas das redes sociais e como gerenciá-los de forma responsável é protegê-los e prepará-los para quando realizarem atividades online a qualquer momento da vida.", comenta Camilo Gutiérrez, chefe do laboratório de pesquisa da ESET América Latina.