Seja nos mercados ou nas farmácias, as gôndolas estão abarrotadas de produtos de higiene de produtos que prometem limpar profundamente ou proteger diversas áreas do corpo. São sabonetes com ação antibactericida, sabonetes íntimos, lenços umedecidos, e por aí vai. E mesmo que alguns deles nos pareçam indispensáveis, como as hastes flexíveis, na verdade podem sim ser deixados de lado sem que isso comprometa a higiene corporal. O site Diário de Biologia, assinado pela bióloga Karlla Patrícia, listou seis produtos que não fazem diferença alguma no seu corpo ou que podem até mesmo fazer mal:
1. Sabonetes antibacterianos
À primeira vista eles até parecem eficientes, mas segundo o site, os sabonetes antibacterianos podem oferecer riscos para saúde por conter triclosan, um produto químico que foi originalmente usado como um agente de esterilização em hospitais. É o ingrediente ativo em aproximadamente 75% dos sabonetes líquidos e 30% das barras de sabonetes antibacterianos. O triclosan é um efetivo agente antisséptico, capaz de inibir o crescimento de bactérias e fungos quando utilizado em pequenas quantidades. Mas se os níveis desse produto químico são altos, todas as bactérias serão eliminadas, inclusive aquelas que são benéficas ao organismo.
2. Hastes flexíveis
Esse todo mundo tem em casa, aas a maioria usa de forma incorreta. O ideal é usar as hastes para limpar a parte externa da orelha sem aprofundar a ponta para dentro do ouvido, e não empurrá-la até o máximo que a dor suportar. usados de forma errada, os famosos 'cotonetes' podem causar lesão irreversível nos ouvidos, infecções e perfurações do tímpano, otites externas e sangramentos. Segundo especialistas, quando usada de forma inadequada, a haste flexível empurra a cera de ouvido para mais fundo no ouvido, onde ela fica presa em partes que não se limpam sozinhas.
3. Lenços umedecidos
Os médicos explicam que não é necessário o uso de lenços umedecidos todas as vezes que se vai ao banheiro. A maioria dos fabricantes de sabonetes íntimos propõem também os lenços umedecidos para completar a linha de produtos para a higiene íntima da mulher. Estes lenços são geralmente impregnados com uma solução de limpeza sem sabão, vitaminas, aloe vera, álcool e outros aditivos que podem causar irritações e incômodos na área genital. O ideal é usar quando for evacuar, caso o papel higiênico não seja suficiente para fazer a limpeza. De qualquer forma, se for possível, a melhor opção é lavar com água ao invés de usar os lencinhos.
4. Enxaguante bucal
Se for usado em excesso (todos os dias) sem indicação de um dentista, este produto pode ter efeito inverso ao esperado e, ao invés de higienizar, pode até causar mau hálito. Isso porque a maioria deles possuem álcool na fórmula, além de outras substâncias químicas que podem prejudicar as mucosas da boca. O álcool, ataca a superfície das resinas, deixando-as mais porosas. Essa porosidade faz com que os corantes dos alimentos se depositem sobre elas e altere a cor inicial dos dentes, comprometendo a estética. Além disso, os enxaguantes reduzem a secreção salivar e aumenta o ressecamento e a descamação. Como consequência a saburra (aquela camada esbranquiçada que aparece na parte superior da língua) acaba aumentando e gerando a halitose.
5. Sabonete íntimo
Os sabonetes íntimos femininos não devem ser usados com frequência porque possuem substâncias químicas prejudiciais, como ftalatos, que podem alterar a ação hormonal e estão associados a sérios problemas de saúde. Além disso, se forem usados em excesso modificam a cor e o cheiro naturais da região íntima e podem gerar irritações no local. O ideal é usar dia sim, dia não, uma versão neutra, sem odor e sem coloração. Na verdade, muitos ginecologistas garantem que o uso dos sabonetes íntimos é dispensável no dia a dia. Segundo eles, a região genital não precisa de nada além de água, uma vez que uma vagina saudável libera uma combinação de fluidos e células que ajudam a eliminar substâncias infecciosas.
6. Protetor diário de calcinhas
Esqueça essa história de que usar protetores íntimos todos os dias é mais higiênico. na verdade, esses produtos podem ser prejudiciais para a saúde íntima porque mantêm a região genital abafada, quente e úmida, o que a torna um meio perfeito para o crescimento de bactérias, favorecendo o surgimento de infecções e corrimentos. As versões perfumadas são ainda piores, pois podem causar alergias e reações na pele.
Alguns especialistas dizem que que há duas situações em que é válido usar o protetor de calcinha: dois dias antes do início da menstruação, o que impede que a mulher seja pega desprevenida, e nos últimos dias de menstruação, quando o fluxo é menor. (Fonte: Diário de Biologia)