Apesar das dificuldades financeiras em 2020, em grande parte em decorrência das consequências da pandemia do coronavírus, a expectativa é movimentar R$ 38,1 bilhões em volume de compras de presentes neste Natal, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Até por conta da elevação das estimativas – os dados apontam que o setor deve avançar 3,4%, o maior desde 2017 (3,9%) –, é preciso ter cuidado com os gastos e com a relação de consumo.
"Muitos são os fatores que acendem um alerta nesse período, principalmente se as pessoas deixaram para fazer as compras de última hora: risco de não receber os produtos a tempo, lojas lotadas (mesmo com as restrições impostas pela pandemia), planejamento financeiro e compras por impulso. Tudo isso pode trazer uma série de dor de cabeça na relação entre consumidores e lojistas, o que pode ser evitado com medidas simples”, ressalta o advogado Renan De Quintal, do Escritório Batistute Advogados, que separou quatro dicas importantes para esse período. Anote aí:
Planeje o orçamento: compras impulsivas são as principais fontes de dores de cabeça porque estouram os limites do cartão, endividam e, muitas vezes, nos fazem comprar produtos que não precisamos, que não servem, que estão com um ou outro defeito. E tudo isso pode gerar problemas com os lojistas, na hora das trocas, entre outros aspectos. Por isso, planeje o orçamento, faça uma lista, não fuja do contexto financeiro familiar.
Pesquise: ainda vale a velha tática de pesquisar preços. Ainda mais hoje, com a internet. Acesse buscadores de preços, veja páginas diferentes e, se você não tiver pressa, monitore os preços durante alguns dias. Crie alertas e, quando houver alguma baixa, o site te avisa. Dá para economizar muito fazendo compras online e com calma.
À vista: é sempre melhor poder comprar à vista do que a prazo, pois, isso dá margem para negociar algum desconto. Entretanto, fique atento: os preços diferenciados a prazo e à vista devem estar expostos nas vitrines, além da taxa de juros, número e valor das prestações. O objetivo é fornecer o maior número de informações possíveis ao consumidor para que ele decida a forma como quer pagar.
Trocas: as lojas físicas não têm a obrigação de realizar trocas de produtos. Elas o fazem como uma cortesia e fidelização ao cliente. Por isso, pergunte como funciona, antes de comprar. Já as compras feitas sem que o consumidor tenha visto o produto (online ou catálogos), têm regras específicas para desistência da compra e trocar de produtos. Um exemplo é o direito de arrependimento em sete dias a partir da compra ou do recebimento do produto. Exija os respectivos direitos. Para tanto, tenha sempre em mãos a nota fiscal do produto, que comprove a compra.