Fátima e Will
O recente caso da procuradora do Rio de Janeiro, acusada de agredir e torturar a filha adotiva de dois anos de idade, trouxe à tona entre outras discussões a questão da violência doméstica.
O problema da violência familiar no Brasil não tem relação direta com classes sociais e está espalhado por todas as esferas da sociedade. Histórico familiar de violência, uso de substâncias como álcool, desemprego, papéis rígidos de gênero, estão entre as possíveis causas desse tipo de agressão. Além disso, vivemos em uma sociedade que estimula, em muitas situações, comportamentos agressivos para a resolução de conflitos.
E a solução é muito mais complicada do que parece. "O trabalho de reversão deste quadro envolve muitas instâncias, discussões políticas e internacionais que escapam de nossa alçada", explica Iara Monteiro de Castro, psicóloga e uma das coordenadoras do curso de "Formação em Terapia de Casal e Família", oferecido em Londrina pela Pós-Graduação Instituto da Família, da Faculdade Teológica Sul Americana (FTSA) .
Ela considera que, no caso da terapia familiar, não se pode pensar somente em reverter, mas em colaborar para que haja mais espaço de reflexão sobre as implicações na manutenção de situações de violência.
Iara afirma que os profissionais que atuam na área da violência intrafamiliar precisam estar devidamente capacitados para isso. "É importante cuidar para que se tenha uma visão menos julgadora e mais contextualizadora das situações com as quais trabalham", destaca.
Segundo a coordenadora da Pós-Graduação Instituto da Família, a responsabilização dos autores da violência por seus atos e a ajuda às pessoas que sofrem atos de violência é importantíssima, mas sozinha não garante que a situação não permanecerá ou que não estará presente em futuras gerações.
"A violência precisa ser vista por muitos ângulos e quanto mais os profissionais forem capazes de compreender isto, mais eles poderão ajudar as famílias a refletirem e tentarem interromper os ciclos da violência", ressalta.
Especialização
O curso Especialização Lato Sensu de "Formação em Terapia de Casal e Família", desenvolve conhecimentos teóricos, práticos e vivenciais para o atendimento de famílias e casais.
A violência é apenas um dos temas discutidos na grade curricular do curso que é desenvolvido em módulos ao longo de três anos. Profissionais especializados em atendimento familiar podem atuar em escolas, hospitais, serviços de proteção e assistência à criança e ao adolescente, consultórios e demais instituições que mantenham atendimento familiar.
O curso de pós-graduação em "Formação em Terapia de Casal e Família" está com as inscrições abertas e as aulas começam no final de maio. Podem candidatar-se ao curso graduados em psicologia, medicina e serviço social.
A FTSA é reconhecida pelo Ministério da Educação e atua em Londrina há 15 anos, oferecendo também cursos de graduação e pós-graduação e educação à distância na área de Teologia. O Instituto da Família- FTSA é afiliado ao Chicago Center for Family Health, da Universidade de Chicago, e reconhecido pela Associação Brasileira de Terapia Familiar (Abratef), como instituto formador em terapia familiar.
Mais informações podem ser obtidas pelo fone (43) 3371-0200 ou no site www.ftsa.edu.br