O domingo ensolarado serviu de estímulo para a terapeuta Sabrina Vargas levar os filhos para passearem no Zerão, na região central de Londrina.
"É a primeira vez que saio de casa desde o início da pandemia. A gente fica com medo de sair, mas as crianças já estão nervosas de tanto ficar em casa. Elas sentem falta da escola e das brincadeiras com os amigos e acabam ficando muito inquietas”, afirmou sobre a filha Maria Júlia, 8 anos, e o filho Marlon, 12.
A irritabilidade dos filhos citada pela mãe londrinense vai ao encontro do que foi diagnosticado em uma pesquisa divulgada recentemente na qual quase nove em cada dez pediatras do Brasil apontaram que as crianças apresentaram alterações de comportamento durante a pandemia de Covid-19.
Leia mais:
Aline Wirley e Igor Rickli apresentam filhos adotivos ao público
PRE reforça a obrigatoriedade de cadeirinha e assento elevado para crianças
Confira 5 dicas para evitar acidentes domésticos com crianças nas férias
Casal de Sarandi adota irmãos e vídeo do encontro da família viraliza nas redes sociais
De acordo com os entrevistados, entre as queixas mais frequentes estão oscilações de humor, ansiedade, irritabilidade, depressão, agitação, insônia, tristeza, agressividade e aumento de apetite.
O levantamento foi realizado por duas entidades médicas, a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) e a Febrasgo (Federação das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia), que ouviu 1.525 profissionais, sendo 951 pediatras e 574 ginecologistas e obstetras de todo o país, entre 20 de julho e 16 de agosto.
De acordo com Luciana Rodrigues Silva, presidente da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), várias hipóteses explicam as mudanças de comportamento, como alterações da rotina, a falta da escola e da convivência com os colegas e a necessidade de isolamento social imposta pela pandemia.
Continue a ler a matéria na Folha de Londrina