Há quase 40 anos surgia um bebê que iria mudar a forma como a medicina passaria a enxergar a Reprodução Humana. Louise Brown foi concebida em 1978 com ajuda da medicina em um laboratório. Desde então, as técnicas de reprodução humana só evoluíram e permitiram que mais de um milhão de crianças nascessem e famílias se completassem.
É inegável que o caminho ainda é curto e muitos avanços precisam e, certamente, serão, realizados, mas ao olhar o passado vemos que o futuro é promissor. Quem poderia imaginar que poderíamos selecionar embriões com determinados genes para salvar filhos de irmãos com doenças genéticas! Para ficar em um exemplo apenas.
Ser mãe é talvez uma das forças da natureza mais vitais aos animais. Basta assistir um programa sobre o tema que veremos que não somos em nada diferentes deles. E certamente veremos ainda muitos avanços nessa área permitindo que esta empreitada seja mais assertiva.
Conheça mais sobre algumas técnicas e procedimentos disponíveis hoje nas principais clínicas de Reprodução Humana:
Fertilização In Vitro
Louise Brown foi o primeiro bebê nascido de FIV, a Fertilização In Vitro, técnica de reprodução humana indicada para casais em que a mulher sofre de problemas nas trompas ou endometriose e em que os homens têm dificuldades na produção de gametas. As chances de sucesso com o uso da FIV estão relacionadas a idade do óvulo. Por isso, em mulheres com menos de 35 anos as chances de uma gravidez chegam a 60%.
Inseminação Artificial
A Inseminação intra-uterina (IIU) mais conhecida como inseminação artificial, assim como o Coito Programado, é considerado um tratamento de Reprodução Assistida de baixa complexidade. É uma boa opção de tratamento nos casais os quais a mulher apresenta histerossalpingografia normal (exame feito no útero e nas trompas uterinas) e o homem tem uma alteração espermática mais leve, que poderá ser corrigida com o preparo do sêmen. Além disso, a inseminação artificial também poderá ser utilizada para tratamento de casais com infertilidade sem causa aparente após completa investigação diagnóstica.
Congelamento de embriões
É a técnica mais consagrada de preservação da fertilidade e também a que apresenta melhores taxas de gravidez. Óvulos obtidos usualmente através de estímulo ovariano são fertilizados em laboratório, e os embriões resultantes são congelados. Possui como principal desvantagem a fertilização prévia do óvulo, não possibilitando à mulher definir posteriormente o pai biológico de sua prole. Isto é, a mulher que realizará essa técnica deve ter um parceiro já definido ou utilizar esperma doado.
Congelamento de óvulos
É uma técnica promissora que vem se tornando opção principalmente para aquelas mulheres que não possuem parceiro. Os óvulos, no entanto, são mais sensíveis ao congelamento, gerando taxas de gravidez ainda inferiores.
Estimulação ovariana
É usualmente empregada para que se obtenha o crescimento de mais folículos e, assim, mais óvulos maduros possam ser obtidos. O protocolo padrão se inicia no princípio da menstruação quando, após ultrassonografia e dosagens hormonais, aplicam-se gonadotrofinas por via subcutânea. Após aproximadamente dez dias aspiram-se os folículos por via transvaginal sob sedação. Em muitas situações a estimulação ovariana não é possível, seja por falta de tempo para o procedimento, pela presença de metástase ovariana ou até pelo medo da paciente em usar hormônios.
Congelamento do tecido ovariano
Esse é um método experimental. O ovário – ou parte dele – é retirado por laparoscopia e congelado. O principal benefício dessa técnica é a não necessidade de estimulação ovariana, porém o resultado é ruim ou até ausente (principalmente para o ovário inteiro). Os óvulos ou embriões congelados devem ser vistos como uma reserva ou seguro, que devem ser utilizados se não for encontrada outra maneira para possibilitar a gravidez.
Caso a mulher com tumor mamário tenha realizado algum tratamento de preservação da fertilidade e deseja engravidar, o primeiro passo a ser dado é a liberação por parte do mastologista e oncologista. Após, há uma análise da fertilidade do casal, considerando principalmente a idade da mulher, regularidade menstrual, tempo em que tenta engravidar e toda possível causa de infertilidade não relacionada ao trata