O caderninho de receitas com orelhas e respingos de leite e até ovo são coisa do passado para a dona de casa Francisca Pereira Caetano, 65 anos, que se considera uma idosa conectada. "Agora vejo tudo pela internet", divide. Também foi-se o tempo em que Francisca gastava o dinheirinho suado com ligações interurbanas. "Tenho uma irmã que mora na Inglaterra, uma em Minas Gerais, uma em São Paulo, então facilita muito e economiza", contenta-se.
Do ponto de vista da usuária, a tecnologia serviu para reunir a família. "Comecei pelo computador, depois notebook e agora tudo pelo celular. Pedi para meu filho me ensinar a ligar e a desligar e fui aprendendo. Enchi o computador de vírus no começo, mas aprendi", diverte-se. "Já meu marido não gosta, prefere não mexer, mas seria bom para ele também", acredita.
O zelador Alcides Candido de Abreu, 70 anos, admite que o interesse foi pontapé para se conectar à tecnologia, a ter mais informação atualizada e a desfrutar das ferramentas que o celular oferece. "Nunca ninguém me ensinou e eu acredito que só serviu para facilitar a vida e eu me sinto mais independente", orgulha-se. Acompanhar a mudança é uma das dicas do zelador para quem deseja ter assunto no dia a dia. "Sem contar que distrai a cabeça. Uso WhatsApp, Facebook e também aplicativos das lojas de departamentos que já tenho o cartão, conheço e confio. É só escolher e esperar chegar em casa", dispara.