Um estudo da Ipsos,empresa de pesquisa, realizado em parceria com o Instituto Global para a Liderança Feminina do King’s College London, mostra a percepção da população de 27 países, incluindo o Brasil, sobre igualdade entre homens e mulheres no que se refere à responsabilidade de cuidar das crianças e do lar. Confira:
Um homem que fica em casa para cuidar dos filhos é "menos homem"?
Globalmente, a maioria dos entrevistados (75%) discorda que "um homem que fica em casa para cuidar de sus filhos é ‘menos homem’", com exceção da Coréia do Sul (19%).
Entre os demais países, a discordância sobre a afirmação varia bastante: Sérvia (92%), Holanda (90%) e Colômbia (87%). Mesmo sendo maioria, depois dos coreanos, os menores percentuais são verificados na Índia (55%), África do Sul (66%) e Brasil (66%).
Falando de Brasil e do outro lado da moeda, aproximadamente um quarto dos brasileiros (26%) acredita que "um homem que fica em casa para cuidar dos filhos é ‘menos homem’", uma opinião que não diferente entre homens e mulheres, mas que tem maiores percentuais entre pessoas que exercem cargos de decisão, liderança ou executivos (35%) e chefes de família (30%).
As empresas e empegadores devem oferecer flexibilidade para os homens equilibrarem a vida pessoal e profissional?
Com relação ao dever das empresas e empregadores a oferecerem flexibilidade para equilibrar o cuidado com as crianças e a vida profissional, 73% do total dos pesquisados são a favor dessa iniciativa.
Mais uma vez, para o Brasil, é importante olhar por dois espectros: 59% dos brasileiros concordam que a empresa/empregador deve flexibilizar e auxiliar no equilíbrio entre vida profissional do homem e o cuidar dos filhos, porém 31% dos brasileiros discordam que isso é importante, com índices maiores entre donos de negócio próprio (42%) e os mais jovens (36%).
O levantamento também identificou que a área a qual as pessoas mais acreditam que não está sendo feito o suficiente para alcançar direitos iguais entre homens e mulheres é o cuidado das crianças e do lar. 39% dos brasileiros concordam com essa afirmação.
A discriminação contra mulheres que cuidam exclusivamente das crianças e do lar poderia terminar em 20 anos?
Quando perguntados se acreditavam que a discriminação contra mulheres que cuidam exclusivamente das crianças e do lar poderia terminar em 20 anos, os pesquisados ficaram divididos. Duas em cada cinco (39%) pessoas se mostraram confiantes nessa mudança. Aproximadamente a mesma proporção (42%) respondeu que não acredita.
No Brasil, 52% dos entrevistados acreditam que essa discriminação irá acabar em 20 anos.
Sobre o estudo
O estudo foi realizado em 27 países, com 18.800 entrevistados, sendo 1.000 brasileiros, entre os dias 21 de dezembro de 2018 e 4 de janeiro de 2019. A margem de erro é de 3,1 p.p.