Família

Guia ensina crianças e pets a terem uma relação saudável

19 jul 2013 às 15:54

Você sabia que os animais de estimação podem contribuir para o desenvolvimento das crianças? Atividades de coordenação motora, como engatinhar, equilibrar-se e outras como desenhar, pintar e segurar objetos podem ser estimuladas nessa relação com os pets. E os bichinhos também são beneficiados pela presença dos pequenos, principalmente em relação ao aprendizado.

Para que o convívio seja saudável e divertido para ambas as partes, a Bayer HealthCare acaba de lançar o "Guia Crianças + Pets - Como aproveitar o melhor dessa relação". Com o material, a empresa pretende conscientizar proprietários ou futuros donos de animais de estimação sobre as doenças transmissíveis aos humanos, assim como ressaltar os benefícios que os pets trazem ao convívio familiar.


Você sabia, por exemplo, que o pet precisa ser preparado para a chegada de uma criança em casa? E que com a presença de uma grávida na casa, os cuidados com higienização dos pets devem ser redobrados ? Que pastas de dentes para humanos podem intoxicá-los? Ou que o simples ato de escovar bichinhos como cães e gatos ajuda a ativar a circulação e remover restos de pele morta? Reunimos algumas dicas importantes do manual, que é assinado por diversos especialistas da área da saúde. Quer ter o guia completo em casa? Então faça seu o pedido pelo e-mail: bayerpet@bayerhealthcare.com.


Pets em casa: benefícios para o desenvolvimento da criança


"Crianças de famílias que possuem um pet têm nível superior de desenvolvimento motor", afirma Luciana Issa, pedagoga especialista em psicopedagogia clínica e diretora do IBETAA – Instituto Brasileiro de Educação e terapia Assistida por Animais.


Dados de uma pesquisa sobre desenvolvimento infantil, realizada nos Estados Unidos, indicam que a espontaneidade da interação entre crianças e animais traz os seguintes benefícios:


Exercitar-se e realizar atividades de coordenação motora ampla: engatinhar, ficar em pé, andar, equilibrar-se, correr, subir e descer escadas.


Realizar atividades de coordenação motora fina: desenhar, pintar, segurar objetos menores, sem causar cansaço ou desprazer, o que faz com que a criança continue a executar a ação, recebendo constantes estímulos.


A criança aprende a fazer leitura corporal: que é um elemento fundamental para a empatia (capacidade de compreender o sentimento ou a reação de outro). Aprende a ver o próximo como alguém com característica e sentimento diferente de si mesmo. Essa aprendizagem afasta a criança de seu ponto de vista egoísta.


Benefícios para crianças mais tímidas: estas podem ser ainda mais beneficiadas pelo bichinho de estimação. Em situações novas com pessoas desconhecidas, elas tendem a se fechar. A presença do animal reduz a ansiedade do ambiente e tira o foco de atenção delas. Ao se sentirem mais relaxadas e seguras, as chances de se relacionarem com os outros aumentam.


Crianças em casa: benefícios para o desenvolvimento do pet


Existem muitos benefícios também para os pets que se desenvolvem na companhia de uma criança, veja alguns exemplos:


Parceria nas brincadeiras: a maioria das preferidas dos bichinhos precisa de alguém ou outro animal, como pega-pega, correr atrás da bolinha e cabo-de guerra. Cheias de energia, as crianças tornam-se ótimas parceiras de brincadeira e essa companhia só aumenta a quantidade de distrações e de exercício dos pets, prevenindo o tédio, a ansiedade, e todos os problemas de comportamento decorrentes da falta do que fazer.


Adestramento: fazer aulas de adestramento e pedir comandos para os pets divertem muito as crianças, além de estimularem o aprendizado e a cognição dos bichinhos.


Cuidados com saúde e higiene: atividades como escovação, banho, alimentação e passeios também são benéficas.


Atenção, adultos devem sempre estar por perto: apesar de ambos terem muito a ganhar com essas interações, é importante que todas as atividades tenham a supervisão de um adulto. Tanto as crianças quanto os bichinhos não têm maturidade para lidar com algumas situações e podem acabar se machucando. É importante ensinar aos dois o limite de cada um, para que possam aproveitar a companhia um do outro da melhor forma possível'. Essas são algumas das orientações encontradas no guia 'Crianças + Pets' dadas por Alexandre Rossi e Thais Oliveira, especialistas em comportamento animal da Cão Cidadão.


Reprodução


Prepare o pet para a chegada do bebê


"A atenção inconsciente que você dava ao seu pet irá diminuir e ele precisará de algum tempo para se ajustar à nova rotina. Da mesma forma como você se prepara antecipadamente arrumando a casa, marcando compromissos, comprando as coisas do bebê, é importante considerar o treinamento do seu pet como parte disso. Limitar repentinamente o ambiente e a convivência com pessoas pode estressar seu bichinho e ele pode desenvolver problemas comportamentais relacionados à ansiedade", orientam Alexandre Rossi e Thais Oliveira. Veja dicas:


Defina locais da casa onde ele não poderá ter acesso: como o quarto do bebê, a cama e o sofá. As restrições devem começar já durante a gestação, para que ele não associe a chegada do bebê com a perda de espaço.


Acostume o cão a pequenas frustrações: como não receber mais toda a atenção que ele tinha antes. Não faça todas as vontades dele o tempo todo, ignore alguns pedidos de carinho, por exemplo.


Ensine-o a brincar sozinho: para compensar a perda de atenção será preciso ensiná-lo a brincar sozinho e a gastar energia, já que você não terá mais tanta disponibilidade para levá-lo para passear e brincar. Existem brinquedos interativos, feitos para que você possa colocar dentro a ração ou petiscos, distraindo e entretendo o pet enquanto ele se alimenta. Você também pode fazer alguns em casa utilizando, por exemplo, uma garrafa pet com furos, para que a ração caia.


Adestramento: se você tem um cão muito ativo, que pula em você ou que late demais, ele pode requerer auxílio de um profissional por meio de aulas de adestramento.


Acostume seu pet aos sons, aos cheiros e à visão de um bebê no seu colo: coloque para tocar sons de bebês em volume baixo, elogie e recompense seu pet e, conforme ele permanecer calmo, aumente gradativamente o volume. Outra dica é pegar uma boneca, embrulhar em um cobertor e a tratar como um bebê no seu colo, balançando e conversando com ela. Isso te dará uma ideia de como seu pet irá reagir, além de uma ótima oportunidade de recompensar bons comportamentos, como uma aproximação calma, e de corrigir os maus, como pular ou puxar o cobertor. Pratique colocando a boneca no berço e no carrinho, os animais podem estranhar esses equipamentos e devem ir se acostumando a eles. Introduza seu pet também aos cheiros do bebê, passando na boneca os produtos que você irá utilizar, como talco, shampoo e lenço umedecido.


Prepare a criança para a chegada do pet


"Quando a família resolve ter um pet em casa, a chegada do animal de estimação acarretará na mudança da rotina familiar. Por isso, a participação de todos da família é essencial para essa experiência, inclusive dos filhos pequenos", orienta Luciana Issa. Veja sugestões de atividades e tarefas para a criança realizar com seu pet:


Planejamento: a nova rotina da criança com o cão não deve interferir nas atividades da rotina de sono, alimentação, tarefas escolares, além do brincar. Sempre que possível, as atividades relacionadas ao cuidado com o pet devem ser conciliadas e integradas às outras atividades. Conforme a criança for crescendo, suas responsabilidades e atividades com o pet também devem aumentar.


Alimentação: deixe a responsabilidade da alimentação do cão para a criança. Se ela for menor de 3 anos, leve-a junto com você até o pote de comida e a deixe colocar a ração no pote. Se a criança tiver entre 4 e 6 anos, deixe a quantidade certa da ração separada, para que ela coloque na tigela do animal (só supervisione). Crianças maiores podem aprender a medir a quantidade de ração para o animalzinho e alimentá-lo, sem auxílio.


Água: com relação à tigela de água, o procedimento é o mesmo para as crianças menores de 3 anos. Para crianças maiores, pode-se pedir que sejam responsáveis durante um período do dia para ver se há água suficiente para o animal.


Passeios: o passeio com o animal de estimação é uma ótima oportunidade para fazer a criança se sentir valorizada e importante. No caso das crianças pequenas, pode-se colocar duas guias no cão para que a criança segure em uma guia e o adulto em outra. Assim, ela terá a sensação de controle, sem correr perigo. A criança maior pode conduzir o pet durante o passeio, ao lado do adulto. Ela pode oferecer petiscos e aproveitar para ir ensinando comandos de obediência ao cão.


Limpeza: quanto à limpeza do local do animal, geralmente, as crianças de início apresentam resistência. Para fazê-las perder essa resistência, é preciso transformar essa tarefa em um momento divertido, por exemplo, colocar uma música para a criança dançar enquanto limpa o espaço, para depois ela poder dançar com o animal, como prêmio pela limpeza.


Higienização: se a raça permitir que seja possível o banho em casa, em razão da facilidade, também pode se tornar um momento aguardado com alegria. Crianças pequenas podem ajudar a derramar o xampu no animal e ajudar a secar. Crianças maiores já podem dar banho com supervisão do adulto e pré-adolescentes podem realizar a tarefa com maior independência. Sempre é importante ter certeza de que o gato ou o cão são dóceis e não oferecem risco à criança.


Vá às compras: leve a criança no petshop para que ela ajude na escolha dos alimentos e acessórios do animal. Dê importância para suas ideias e sempre que possível, aceite-as.


Visitas ao veterinário: deixe a criança acompanhar o animalzinho em consulta com o veterinário. Incentive a fazer perguntas ao médico veterinário e sempre que houver possibilidade deixe a medicação ser administrada pela criança.


Brincadeiras: estimule a criança a criar atividades divertidas com o animal como vestir uma fantasia, fantasiar o cão e dramatizar uma história para a família, gravar vídeos do animal e colocar na internet, fazer decoração nova para o espaço do pet, tirar fotos e montar álbum, entre outras. Quanto maior for o tempo que a criança passar com o pet, mais fácil será manter a sua motivação inicial (chegada do animal), pois o vínculo de carinho e amizade entre eles se fortalecerá cada vez mais e o amor pelo animal já é condição suficiente de mantê-la motivada pelo seu bichinho de estimação.


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Adultos x pets: cuidados na gestação


"Antes que você pense em doar o seu animalzinho, é bom saber que a principal medida a quem tem um pet é a de manter os cuidados com vacinação, vermifugação e consultas periódicas ao veterinário, desde a sua aquisição. Assim, você garante a prevenção e o tratamento dele por toda a vida, impedindo que doenças venham a ser riscos não só durante a gravidez, mas no dia a dia. Esclareça dúvidas sobre a segurança no convívio com animais durante o pré-natal', explica José Bento de Souza, ginecologista e obstetra.


Riscos de doenças: o pelo, a saliva, as patas, as fezes e a urina de gatos e cachorros possuem diversos microorganismos capazes de provocar doenças e transmiti-las aos seres humanos.


Salmonela e E. Coli: são doenças que gestantes podem contrair por meio do contato com cães, gatos, tartarugas e aves. Apesar de provocarem infecções do tipo alimentares, raramente fazem mal diretamente ao bebê, mas sintomas como febre alta, vômitos, diarreia e desidratação, podem levar a um parto prematuro ou a um aborto espontâneo.


Toxoplasmose: representa um grande risco ao desenvolvimento do bebê. Os cães, assim como os gatos, podem estar contaminados com um protozoário chamado de Toxoplasma gondii, responsável pela toxoplasmose, sendo encontrado nas fezes de ambos. Ao passo que gatos possuem esse tipo de protozoário, os cães se contaminam alimentando-se de carne crua.

Cuidados básicos: para prevenir essas doenças nos pets, tenha atitudes como não praticar jardinagem; evitar insetos em casa, pois estes podem carregar o parasita e serem comidos pelo animal; não limpe os lugares onde seu animalzinho defeca e urina. "Caso não tenha quem faça isso por você, use luvas e lave bem as mãos após a faxina", explica o médico. (Fonte: Tempo de Mulher)


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