Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (22) pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) mostra que, mesmo com as famílias em casa, ainda há desigualdade na divisão das tarefas domésticas.
Segundo o estudo, 49% das pessoas disseram que o trabalho doméstico aumentou durante a pandemia de coronavírus. A percepção é maior entre famílias com ensino superior (57%) do que entre as que têm apenas o ensino fundamental (42%).
Porém, apesar da percepção sobre o aumento da carga de trabalho doméstico ser próxima entre homens (47%) e mulheres (50%), a pesquisa mostra que nem todas as tarefas são divididas igualmente.
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Em 42% das famílias, um dos residentes disse ser responsável pela limpeza da casa, sendo 63% mulheres e 23% homens. Em 18% dos lares, o serviço fica a cargo de outra pessoa. Em 15% das respostas, o companheiro ou companheira é apontado como responsável (27% entre os homens e 2% entre as mulheres). Os que disseram que o trabalho de limpeza é dividido igualmente ficaram em 23% (27% homens e 18% mulheres).
Sobre o preparo das refeições, 45% dos entrevistados disseram serem eles próprios responsáveis pela tarefa e, destes, 68% eram mulheres e 24%, homens. Em 16% das respostas, foi dito que esse trabalho fica a cargo de outra pessoa, em 18%, que é responsabilidade do companheiro ou companheira (33% entre os homens e 3% entre as mulheres).
Quando o assunto é o orçamento doméstico, 50% responderam que eram os responsáveis. O número fica em 44% para os homens e em 56%, para as mulheres. Em 30% das respostas, foi dito que a tarefa é dividida igualmente e em 10%, que fica a cargo de outra pessoa.
A respeito do acompanhamento escolar dos filhos, dos 45% que disseram ser os responsáveis, 71% eram mulheres e apenas 19%, homens; 20% apontaram o companheiro como responsável (33% dos homens e 6% das mulheres). Quase um terço (30%) respondeu que a tarefa é dividida igualmente (41% homens e 19% mulheres).
Harmonia no isolamento
Apesar das diferenças, 71% disseram que não houve aumento dos conflitos familiares durante a pandemia e 8% afirmaram que as brigas diminuíram. Os que responderam que houve aumento das desavenças somaram 13%.
Um pouco mais da metade das famílias (54%) informou ainda estar cumprindo o isolamento social e, destas, 19% disseram que ficaram até dois meses em distanciamento e 15% pelo menos três meses.