Meu amor maior! É assim que a dona de casa Ana Maria da Conceição se refere à neta dela de um ano e sete meses. E foi a esse amor que Ana Maria se apegou nos momentos difíceis que passou durante a pandemia de covid-19.
A avó conta que a rotina com a netinha a ajudou na superação de crises de ansiedade: "minha netinha me ajudou muito. Ela é uma coisa muito boa que veio na minha e nunca mais tive essas crises. É um amor maior que Deus mandou para mim".
A depressão e a ansiedade são doenças comuns na terceira idade, segundo a psiquiatra Elaine Bida, médica do ambulatório de Psicogeriatria no Hospital Universitário de Brasília.
E a pandemia piorou a saúde mental dos idosos, principalmente daqueles que ficaram distantes de amigos e familiares.
Por isso, a psiquiatra afirma que a interação de netos e avós, com os devidos cuidados, ajuda os mais velhos a enfrentarem o isolamento social imposto pela pandemia. "A distância física de netos ficou-se por muito tempo até chegar a vacina. Agora a família é um apoio importante para minimizar essa perda de quase dois anos do contato social", explica Elaine.
A médica Elaine Bida destaca ainda que essa relação entre avós e netos deve ser estimulada, mesmo que seja de forma virtual.
Nesta segunda feira (26) é celebrado mundialmente o Dia dos Avós, uma data para proporcionar a eles mais carinho e cuidado, mesmo a distância; além de chamar a atenção para os sinais de doenças mentais, como a depressão e a ansiedade.