Organizar a casa não é uma tarefa apenas das mães, mas sim de toda a família. Quando as mulheres não trabalham fora, estão em atividades home Office. Mesmo com a quebra de paradigmas nos últimos anos, de que os homens devem dividir as tarefas do lar, eles ainda participam pouco. Segundo a análise, baseada em dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), as mulheres gastam 20 horas e 30 minutos nos afazeres domésticos e os homens, 10 horas. A educação deve mudar e os filhos devem ser educados a cooperar com a organização independente do gênero.
Segundo a arquiteta e personal organizer, Margô Belloni a organização deve ser incorporada à educação dos pequenos, não como algo rígido ou como forma de punição, mas de uma maneira lúdica. "Se incentivado desde cedo, a organização não se torna uma obrigação para as crianças, se for proposta como parte da brincadeira tão pouco se tornará chata", afirma. A profissional aconselha que assim que o bebê começar a brincar, a mãe e o pai podem fazer a brincadeira do ‘voltar para o lugar’ ou colocar os bonecos ‘para dormir’. Segundo ela, o ato já sinaliza que cada coisa tem o seu lugar, e que se pegamos pra brincar devemos devolver para o mesmo lugar. Ao brincar com a criança e deixar tudo espalhado, ela vai entender que aquilo é o correto a fazer.
As crianças podem e devem desempenhar pequenas tarefas de organização que sejam pertinentes a sua idade e capacidade motora. A partir de 5 anos de idade algumas atividades simples podem ser realizadas, como participar da organização do seu quarto. A criança pode colocar a roupa suja no cesto, guardar sapatos, até ajudar a fazer a cama. É importante ressaltar que não deve ser exigido que ela estique os lençóis como um adulto ou dizer que está fazendo errado, é preciso que ela se sinta capaz de continuar fazendo e melhorando. Você pode incentivar seu filho a ser autônomo e confiante oferecendo a ele desafios novos a cada dia e propondo uma tarefa de organização mais complexa que teste suas habilidades.