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Panorama complicado

Câncer na adolescência requer tratamento diferenciado

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
29 mar 2021 às 15:12

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- Pixabay
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Muito se fala no câncer quando ocorre em adultos ou em crianças. Mas quando detectado em um adolescente, o tratamento exige uma série de cuidados específicos, necessitando de um atendimento oncológico diferente de quando ocorre em outras fases da vida.

O diagnóstico de câncer na adolescência é uma situação muito difícil, conforme explica o Dr. Lisandro Lima Ribeiro, hematologista e oncologista do Pilar Hospital, que atua em Transplante de Medula Óssea (serviço em que o hospital é credenciado desde 2015) e que tem experiência em tratamento hemato-oncológico de adolescentes.

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"O câncer é o crescimento desordenado de determinado tipo celular. Na criança geralmente se origina de células muito jovens, as embrionárias. Já no do adulto, de células já adultas. O crescimento do câncer na criança acaba sendo mais rápido em comparação ao câncer do adulto. Por este motivo devemos investir em campanhas de diagnóstico precoce no câncer infantil e em campanhas de prevenção no câncer do adulto. Já o câncer do adolescente fica em uma fase de transição”, comenta o médico.

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Os tipos mais comuns de cânceres no adolescente são os sarcomas (que podem acometer tecido ósseo ou tecido mole), as leucemias agudas, os linfomas e os tumores do Sistema Nervoso Central.

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Além de questões biológicas, o câncer em adolescentes implica em aspectos de outras ordens, em especial o psicológico. "A Adolescência é uma fase de transição entre infância e idade adulta. Um período de grandes mudanças e questionamentos. O diagnóstico de um câncer pode ser devastador nesta etapa da vida. O tratamento exige protocolos específicos para cada tipo de câncer nesta fase, mas é fundamental o acompanhamento psicológico para que o jovem tenha o suporte emocional para não desistir ou abandonar o tratamento”, explica Dr. Lisandro.


Aspectos sociais também têm um forte peso. Dr. Lisandro lembra que a adolescência é uma fase de questionamentos sobre a sexualidade, a inclusão na sociedade, a família, a educação e até mesmo sobre a escolha profissional. "A rebeldia não é infrequente neste período da vida. Além disso, os cuidados com o corpo são frequentes, com busca de atividades físicas. Os efeitos colaterais do tratamento oncológico podem ser traumáticos como a queda do cabelo, perda de massa muscular ou mesmo amputação de um membro pelo tratamento. Por esta razão é de grande importância o tratamento com uma equipe preparada para auxiliar nestes desafios”

Segundo Dr. Lisandro, Curitiba ainda não dispõe de um serviço direcionado exclusivamente para o adolescente, mas este panorama deve mudar em breve. "A proposta do Pilar Hospital é desenvolver uma unidade exclusiva do adolescente, com profissionais capacitados e especializados para o tratamento do câncer para esta faixa etária”. Atualmente, o Pilar Hospital conta com toda uma estrutura para o tratamento de alta complexidade, que compreende desde procedimentos cirúrgicos até os tratamentos imunoterápicos, quimioterápicos, radioterápicos, além de contar com uma equipe gabaritada de profissionais em seu setor de oncologia.


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