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Associação avalia qualidade de nove modelos de ventiladores

20 out 2017 às 14:40

Por consumirem menos energia e serem mais baratos que o aparelho de ar condicionado, os ventiladores são bastante procurados, principalmente com a aproximação do verão e a promessa de temperaturas ainda mais altas. Com isso, a PROTESTE, Associação de Consumidores, avaliou a qualidade de nove modelos de ventiladores.

No teste de desempenho, foram verificadas a qualidade de vento nas três velocidades: alta, média e baixa. Os modelos que se saíram melhor foram o Arno VF55, o Britânia Ventus Insect e o Mallory Ozonic, considerado o melhor do teste. Em contrapartida os da Britânia, Protect 30 e Ultra V 16, foram considerados ruins, perdendo apenas para o o Ventisol Turbo 6, que teve a pior avaliação. Os demais foram considerados aceitáveis durante o teste no laboratório.


Outro quesito avaliado pela associação foi a eficiência do produto, que relaciona a produção de vento com o consumo de energia. Os modelos Arno e Mallory também foram os que se saíram melhor nessa avaliação. Além deles, o Mondial NV-15 (R$ 69,90) recebeu nota máxima nesse quesito e foi considerada a escolha certa. Se escolher esse último modelo em detrimento do mais caro, Mondial V-73- 6p (R$ 186,89), você pode economizar R$ 116,99 - na comparação com os preços mínimos.


De acordo com Dino Lameira, especialista responsável pelo teste, a eficiência é um item importante na escolha do aparelho. "Um dos critérios que deve ser levado em conta na hora de comprar um ventilador de mesa é a eficiência. E esta é determinada pela relação da quantidade de vento que o aparelho produz e a energia gasta para fazer tal trabalho. No entanto, é bom ressaltar que o produto que venta menos não é necessariamente mais eficiente, ou vice-versa. Bons exemplos são o Arno VF55 e o Mallory Ozonic que, mesmo ao gerarem mais vento, não aumentaram tanto assim a sua potência", explica.


Uma boa notícia é que todos os modelos passaram nos testes de facilidade de montar e de segurança, tanto elétrica, quanto de estabilidade. Foi uma melhora após o último teste, realizado no final de 2016, onde o modelo Mallory Disney Carros foi eliminado por ter tombado durante o ensaio.


No teste de facilidade de uso foi verificado o tamanho do cordão de alimentação, se havia local para guardá-lo e se existia alguma dificuldade para fixar o aparelho na parede ou para selecionar a velocidade. No geral, todos tiveram uma nota alta, com destaque para o Britânia Protect 30 Six, o único que foi bem em todos os itens avaliados.


Consumo de energia


Na comparação do consumo de energia das marcas de ventiladores e dos condicionadores de ar, a PROTESTE fez as contas considerando o uso do aparelho durante seis horas por um período de 30 dias, nas três velocidades. Para o cálculo, foi usado como referência o valor de R$ 0,85 do KWh, para a faixa de consumo acima de 450KWh - preço cobrado no Rio de Janeiro.


O aparelho que mais consome energia na maior velocidade é o Arno VF55. Já na média e baixa, o que mais gasta é o Britânia Ventus Insect. O Britânia Protect 30 Six é o que consome menos nas três velocidades. Porém, é bom ficar de olho ao usar mais de dois ventiladores ao mesmo tempo, muito menos se deixá-los ligados o dia inteiro, desse modo, o consumo pode ser comparável ao de uma pessoa que utiliza o ar-condicionado por oito horas diárias, no período de um mês.


Para finalizar, a associação avaliou o manual de instruções, indicações na embalagem ou no produto. Para isso, foram verificadas as informações de segurança, utilização e limpeza, levando em consideração a qualidade e a localização das figuras, já que é importante que estejam próximas aos dados correspondentes. O único que não se saiu bem nesse teste foi o do Ventisol Turbo 6. O manual do produto não tem índice, as letras são pequenas, algumas imagens não são claras e as informações de segurança são incompletas.


Não vale a pena

De acordo com os resultados do teste, o Ventisol Turbo 6, 30 cm ventila pouco nas três velocidades e não convence no quesito eficiência. No geral, foi considerado ruim. Para piorar, nem é tão barato assim (R$ 93,26, preço médio).


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