Família

Amamentação interfere na produção hormonal masculina

04 out 2010 às 08:48

Amamentar o bebê sempre que ele chora com fome traz muito mais benefícios do que a satisfação do apetite ou o aumento da imunidade infantil. Os efeitos deste gesto de carinho e proteção refletem-se em músculos fortes e vida sexual mais ativa, segundo um estudo que acaba de ser apresentado na Northwestern. Segundo o levantamento, garotos bem alimentados na fase de recém-nascidos se desenvolveram melhor durante a dadolescência e produziram mais testosterona (hormônio sexual masculino) do que os outros meninos, que não consumiram leite materno em quantidade suficiente.

Para realizar o estudo, os pesquisadores acompanharam, desde o berço, 770 homens que nasceram na década de 1980. A intenção da pesquisa era relacionar a influência da dieta dos recém-nascidos ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes. "O ganho de peso durante os primeiros seis meses de vida aumenta os efeitos da testosterona, hormônio que dá características masculinas quando o jovem chega à puberdade", descrevem os autores do trabalho.


Os resultados estudo relativizam, portanto, o impacto de fatores genéticos na constituição do organismo - características distintas podem ser observadas dependendo dos hábitos de vida mantidos. Cada vez mais, doenças como hipertensão e diabetes vêm sendo relacionadas à alimentação inadequada nos primeiros meses de vida.


Alimentação do bebê


Nos primeiros seis meses, o leite materno é suficiente para suprir todas as necessidades do bebê. As glândulas mamárias localizadas nos seios da mãe produzem entre 600 e 800 mililitros diários da bebida, que dispensa complementos como água, chás e leites industrializados. Infecções intestinais, otites, pneumonias, alergias, asma, osteoporose, doenças degenerativas e diabetes estão na lista de problemas que podem ser evitados graças à ingestão de leite materno.

Além disso, mamando no peito, a criança aprende a regular o ciclo sucção/deglutição/respiração, prevenindo problemas de fala e respiração. "Além disso, o contato íntimo entre mãe e filho estabelece um importante laço afetivo que atua do equilíbrio emocional do bebê, prevenindo o comportamento agressivo mais tarde", afirma a psicopedagoga Tânia Cristina Bandeira de Oliveira. (As informações são do Minha Vida, Saúde Alimentação e Bem-estar)


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