A importância do aleitamento materno para o bebê é consenso para as mães e profissionais de saúde. As inúmeras vantagens proporcionadas que são de ordem nutritiva, imunológica, psicológica e econômica já foram estabelecidas e são bastante divulgadas. Mesmo assim, o pré-natal ainda está longe de preparar a gestante para amamentar e esta deve ser estimulada e motivada desde o início da gravidez.
"Embora a amamentação seja colocada muitas vezes como um ‘ato instintivo’, a prática nos mostra várias situações onde mãe e bebê apresentam dificuldades em iniciar o aleitamento ou mantê-lo", declara a nutricionista e consultora de amamentação do Espaço Acalanto, Jaciara Machado.
A mãe, se deparando com essa situação, tem desejo de acertar e questiona-se quanto à sua capacidade para amamentar, sobre a quantidade e a qualidade do leite, a habilidade em perceber se o bebê está com fome ou saciado, se será voraz ou recusará o peito.
"Muitas dúvidas aparecem nesse período. Orientações individuais ou em grupos tem se mostrado de grande utilidade, contribuindo para o sucesso da amamentação ao sanarem inseguranças e dúvidas que podem ser de ordem anatômicas, fisiológicas ou simplesmente técnicas que um preparo adequado pode resolver", orienta Jaciara.
Cuidados
É importante pensar o ato de amamentar como um momento de intimidade e carinho entre mãe e filho. Para isso, nada mais apropriado do que tomar alguns cuidados, como o modo de apoiar o bebê, que deve ficar com a cabeça na dobra do cotovelo e corpo junto ao da mãe para sentir segurança. Dores e desconfortos nas mamas só acontecem quando o bebê não está mamando corretamente e pegando só o bico, quando o correto é toda a aréola. Além disso, é importante sempre oferecer as duas mamas, já que a produção de leite é estimulada com a amamentação.
Nessa fase, a alimentação da mãe deve ser reforçada, já que a mulher gasta 30% de calorias a mais. "No prato, verduras, legumes, frutas, cereais e alimentos ricos em proteínas, são essenciais", orienta a nutricionista.
Detalhe: algumas mães produzem mais leite do que seus filhos podem consumir. Nesses casos a mãe pode esvaziar as mamas com as mãos, depois de higienizadas, e até mesmo doá-lo para hospitais que cuidam de crianças em recuperação. Dessa forma, mais crianças poderão usufruir desse alimento fundamental para o bom desenvolvimento infantil.