Saber lidar com o impacto que uma doença grave, ou ainda a perda de um ente querido, causa nas famílias é uma preocupação cada vez maior dos profissionais da área da saúde. É para discutir o tema que a Pós-Graduação Instituto da Família – FTSA (Faculdade Teológica Sul Americana) promove em Londrina, em outubro, um Workshop Internacional com o psiquiatra Doutor John Rolland, do Chicago Center for Family Health - Universidade de Chicago.
Encarar uma doença crônica, terminal ou a perda de um membro da família está entre os maiores níveis de estresse que o ser humano pode enfrentar. Uma situação como essa pode afetar não só o indivíduo em si ou os que estão mais próximos. Pode impactar todo o sistema familiar e até mesmo outras gerações.
Há muitos anos Dr. Rolland, que é presidente da Academia Americana de Terapia da Família e referência na área, vem estudando e escrevendo a respeito dos efeitos que uma doença crônica, terminal ou perda pode trazer para uma família. O pesquisador propõe um modelo diferenciado de atendimento, com o foco em toda a família e não só no indivíduo.
"Outro ponto importante é que o Dr. Rolland separa o indivíduo da doença e coloca a família como promotora de saúde e de acolhimento para que o impacto seja mais brando para todos", explica Iara Monteiro de Castro, coordenadora da Pós-Graduação Instituto da Família e ex-aluna de John Rolland na Universidade de Chicago.
Essa abordagem busca alterar a percepção de experiências dolorosas visando à prevenção e possibilitando um funcionamento saudável e o bem-estar das famílias que enfrentam essas situações. "A ideia do workshop é atualizar os conhecimentos dos profissionais da área da saúde e estimular o diálogo e a colaboração nesse momento tão delicado para todos", ressalta Iara.
Como lidar com a dor
A morte ou uma doença grave de qualquer membro em uma família alteram significativamente o equilíbrio familiar. Cada tipo de perda, seja ela a crise de uma doença ou a morte em si, impacta a família, que precisa de uma rede de apoio para suportar a dor.
"É nesse momento que médicos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiros, igreja e outros profissionais precisam estar bem treinados para dar o apoio que elas necessitam", destaca a coordenadora.
Mesmo sem ajuda externa, a própria família, entre si, pode promover diálogo, falar da dor, dos medos que enfrentam e distribuir as tarefas diante da nova rotina que a situação impõe. "A procura por ajuda especializada depende muito do momento da doença, da pessoa e da família". A psicóloga finaliza dizendo que algumas famílias não conseguem enfrentar as situações de doenças e perdas sem apoio profissional.
Serviço:
Workshop Internacional "Um modelo de Atendimento a Famílias com Doenças Crônicas, Terminais e Perdas"
As inscrições podem ser feitas pelo site www.ftsa.edu.br/workshop até o dia 20 de outubro ou no local do evento, no dia 22 de outubro. Inscrições antecipadas têm valores diferenciados. Estudantes de graduação e pós-graduação têm descontos especiais.
Data: 22 e 23 de outubro
Local: Hotel Blue Tree Premium (Avenida Juscelino Kubitschek, 1356), Londrina, PR
Mais informações pelo telefone (43) 3327-6676 ou pelo e-mail john@ftsa.edu.br