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Vamos juntas? Movimento propõe que mulheres se unam contra a insegurança nas ruas

07 ago 2015 às 13:05

"Na próxima vez que estiver em uma situação de risco, observe: do seu lado pode estar outra mulher passando pela mesma insegurança. Que tal irem juntas?". Essa é a proposta básica do movimento criado pela jornalista Babi Souza, de Porto Alegre. A página do 'Vamos juntas?' no Facebook foi criada há pouco mais de uma semana e já conta com mais de 70 mil fãs. "O movimento surgiu como solução colaborativa para um problema real pelo qual passamos todos os dias", explica Babi.

A ideia do movimento surgiu enquanto ela e a amiga Vika Schmitz preparavam um card para ser postado em sua conta pessoal do Facebook. Na prática, o movimento propõe duas frentes:


Que mulheres que não se conhecem possam se unir para criar um elo de proteção mútua quando andam na rua;


Que mulheres que se conhecem e que costumam percorrer trajetos semelhantes (para o trabalho, faculdade, ponto de ônibus, etc) se organizem para andar juntas. A palavra de ordem é: sororidade, algo como irmandade feminina. Ao contrário de fraternidade - pacto entre os homens que reconhece parceiros e sujeitos políticos excluindo as mulheres -, sororidade é a palavra que expressa o pacto entre mulheres reconhecidas como irmãs, sendo uma dimensão ética, política e prática do feminismo contemporâneo.


Reprodução/Facebook


Diante da aceitação e repercussão, o próximo passo segundo Babi, é expandir o movimento com a organização de encontros entre as apoiadoras da causa. Em entrevista ao site M de Mulher, a jornalista contou que tem recebido muitas histórias de mulheres que já estão se unindo a outras na rua ou a amigas que até então andavam sozinhas. "É incrível! Parece que elas querem nos ajudar a acreditar que essa união é possível, sim", comemora.


Não resta dúvida de que a ideia tem tudo para consolidar uma rede de comunicação e apoio, seja entre amigas, vizinhas e até desconhecidas, ainda que todas saibamos que o mundo só será justo e igualitário quando tivermos assegurado nosso direito de ir e vir sem sofrer qualquer tipo de coerção ou ameça. Enquanto a liberdade não vem, somar forças e trilhar os mesmos caminhos ainda é a melhor alternativa.

Reprodução/Facebook


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