Durante o inverno os olhos são os órgãos que mais ficam expostos e precisam de cuidados. Com a mudança climática, o ar seco pode diminuir as lágrimas e prejudicar a lubrificação dos olhos. Embora os colírios sejam uma boa opção de tratamento para manter a umidade da superfície, é necessário evitar o uso indiscriminado do medicamento.
De acordo com o oftalmologista e diretor da Clínica Canto, Marco Canto, o costume de pingar colírios nos olhos sem recomendação médica pode comprometer a visão e causar doenças como glaucoma, catarata, esclerose da conjuntiva, ressecamento dos olhos e alteração da lágrima. "Também aconselhamos o paciente a não usá-lo além da recomendação médica, pois o colírio causa intoxicação nos olhos devido ao conservante presente em sua fórmula", ressalta.
O colírio pode ser encontrado facilmente em farmácia e na maioria das vezes vendida sem prescrição médica. Para o Marco Canto, ao invés de ajudar o paciente, pode prejudicar ainda mais a sua saúde. "O colírio indicado pelo atendente de farmácia pode ser qualquer um, o que dá uma falsa ilusão ao paciente de que a doença está sendo tratada", alerta. O médico lembra ainda que, como qualquer outro remédio, o colírio deve ser utilizado de acordo com cada necessidade, respeitado a quantidade adequada para ser eficaz.
Leia mais:
Celulite: por que surge, quais as principais causas e como tratar?
Arábia Saudita autoriza mulheres a dirigirem automóveis
'Nem todas as mulheres podem ser modelos', diz estilista da Dior
Empresa dos EUA cria fantasia de 'Kylie Jenner grávida' para o Halloween
O oftalmologista aponta que alguns colírios não devem ser usados durante a gravidez, especialmente nos primeiros meses. Embora não haja restrições em relação à idade, sempre que possível é importante consultar um especialista. "Cuide dos seus olhos, não acredite que estão bem sem examiná-los. Só indo ao oftalmologista que você saberá se está bem e terá sempre uma visão saudável", enfatiza.
Higiene
De acordo com o médico, antes de gotejar o colírio a higiene é essencial para que não haja mais contaminações. "As mãos devem estar limpas e lavadas, o frasco deve estar conservado e guardado adequadamente para preservar as suas características". O médico ensina que se houver secreção nos olhos deve-se limpar antes. "O colírio não deve ser usado para remover a secreção e sim para tratar", enfatiza.
Tipos de colírio
Os colírios são suspensões ou soluções de medicamentos especialmente diluídas, tendo como um dos seus principais objetivos, o tratamento de afecções oculares, e não costumam alterar a fisiologia natural dos olhos, pálpebras, conjuntiva e lágrima. "Utiliza-se a medicação como lágrimas artificiais para lubrificar os olhos, recompor o filme lacrimal, evitar esclerose da conjuntiva e manter a boa qualidade da visão", explica o oftalmologista.
Existem diversos tipos de colírio e variam de acordo com sua finalidade. São eles:
Colírios antibióticos servem para o tratamento de infecções bacterianas e fúngicas;
Colírios com medicações retrovirais servem para infecções virais;
Colírios antiglaucomatosos para tratamento do glaucoma;
Colírios antiinflamatórios para os casos de problemas não infecciosos e inflamatórios, reacionais e traumáticos.
Associações medicamentosas para casos combinados.