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Som alto dos fones de ouvido pode levar à surdez

18 out 2010 às 10:47

Os MP3, Ipods e os celulares com fone de ouvido se tornaram companheiros da maioria dos jovens. Por isso é importante que os pais estejam atentos ao uso constante desses aparelhos por seus filhos. Orientá-los sobre os perigos desse comportamento é fundamental para preservar sua integridade auditiva.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), de 30 milhões de casos de problemas auditivos no Brasil, pelo menos 5% foram causados pelo mau uso de aparelhos eletrônicos. "A exposição a ruídos altos, por períodos prolongados, pode causar prejuízos às células do ouvido interno ocasionando a perda auditiva", explica o otorrinolaringologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Carlos Maeda.


O médico ressalta que não se deve ouvir som alto nesses aparelhos. "É recomendável uso de fones com intensidade de som média para baixo e o volume não pode ultrapassar de 85 decibéis — metade da capacidade total dos aparelhos atuais".


Os exames anuais também são aconselháveis para o controle da audição. Entretanto, alguns sintomas podem ser importantes para que as pessoas fiquem atentas à altura do som. "Elas podem apresentar tontura, zumbido e sensação de ouvido tampado e, em alguns casos, pode haver perda auditiva. Porém, a surdez ocorre principalmente quando o volume e o tempo de uso do aparelho são muito prolongados", enfatiza o médico.


O otorrinolaringologista destaca que em caso de suspeita de diminuição da audição, percebida pela própria pessoa ou por familiares próximos, também é importante procurar um médico. "A falta de atenção e não compreensão das palavras mesmo com intensidade de som alto, pode caracterizar perda auditiva", afirma.

Embora a surdez seja mais comum a partir de 60 anos de idade (chamada de presbiacusia ou surdez do idoso) pode também ocorrer em qualquer faixa etária. "O melhor tratamento é a prevenção. Consultar sempre o médico otorrinolaringologista pode auxiliar no diagnóstico precoce, impedir a perda total da audição e também evita a cirurgia ou o uso de aparelhos auditivos, dependendo do caso", explica Maeda.


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