A diretora Sofia Coppola, em entrevista à revista i-D, falou sobre seu novo filme, o suspense The Beguiled (inda sem nome em português), que rendeu à Coppola o prêmio de melhor diretora, no festival de Cannes. Já conhecida por ter uma sensibilidade grande ao retratar mulheres, como no filme As Virgens Suicidas e na campanha da Calvin Klein dirigida por ela, a diretora falou um pouco mais sobre as relações de irmandade entre as mulheres.
"Eu não tinha irmãs, então algumas amigas são assim para mim, temos essa solidariedade", afirma. Coppola foi a segunda mulher da história a ganhar o prêmio de melhor direção em Cannes. O que a inspirou a fazer o filme, segundo a i-D, foi que ela poderia retratar a história a partir de um ponto de vista de uma mulher. O filme é um remake do filme original de 1971, de Don Siegel, baseado no livro The Painted Devil.
Ao falar sobre seu novo suspense e sobre trabalhar apenas com protagonistas mulheres, a diretora chega até a citar a política atual dos EUA. "Durante toda a eleição, existia muita coisa sendo falada sobre o poder entre homens e mulheres. Assim como acontece no filme. O que eu amei tanto sobre a história é a dinâmica entre homem e mulher, e as trocas de poder, que eu acho que estão tanto nas nossas mentes hoje em dia. Eu estou animada por Mulher Maravilha ser um hit. Eu adoraria ver mais e mais disso, assim a outra metade da população pode ser representada. Eu amo ver filmes que têm um ponto de vista diferente", finaliza.