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Síndrome do Pânico é três vezes mais comum em mulheres

11 abr 2012 às 10:33

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que metade das doenças mentais esteja relacionada aos transtornos depressivos e de ansiedade. "É um cenário preocupante, principalmente porque estes distúrbios podem levar a problemas de saúde mais sérios, como a Síndrome do Pânico", declara a médica Laís de Siqueira Bertoche, especialista em Psiquiatria e Homeopatia.

A Síndrome do Pânico atinge aproximadamente um a 2% da população mundial. Estes números fazem parte das estatísticas da OMS. Os mais atingidos são jovens no final da adolescência e adultos em torno dos 30 anos. A incidência da doença é três vezes maior nas mulheres do que nos homens. "A característica essencial desse transtorno é a presença de ataques de pânico recorrentes e inesperados. Trata-se de episódios agudos e graves de ansiedade, de curta duração e que normalmente obrigam a pessoa a interromper suas atividades", explica.



Nos ataques nem sempre se conhece o fator desencadeante da crise. Bertoche diz que todos os animais, inclusive o homem, possuem um sistema de alerta, disparado quando há alguma ameaça à integridade física. Esta reação tem como finalidade proteger o organismo e preservar a vida. "Com frequência, a sensação de perigo iminente não é proporcional ao fato real e sim a um trauma antigo. Esta experiência traumática primária pode ter sido herança do campo de consciência da família de origem ou do inconsciente coletivo, considerado por alguns como sendo memórias de vidas passadas", afirma.


Bertoche esclarece que o medo é uma antecipação de um sofrimento que já aconteceu, mas que permanece registrado na memória individual, familiar ou no inconsciente coletivo (seria de vidas passadas?). Por isso, a Síndrome do Pânico pode ser vista como uma resposta de defesa da vida – sendo facilmente observadas todas as reações típicas de um organismo pronto para atacar ou fugir. "A memória é individual. Diante do mesmo evento, cada pessoa reage de uma maneira diferente. Algumas pessoas fazem estratégias para sair da situação, enquanto outras ficam paralisadas, sem esboçar reações", observa a médica, que também é fundadora do Instituto de Terapia Transgeracional (ITT).


Sintomas físicos e psicológicos


Durante as crises, a pessoa pode apresentar medo excessivo, sensação de morte e catástrofe iminente, sem que haja uma causa justificável. Outros sintomas incluem o medo de enlouquecer ou perder o controle, a sensação de irrealidade relacionada ao ambiente e de estranheza em relação a si mesmo. "Estes sintomas são psíquicos e podem ser desencadeados por estresse, perdas, aborrecimentos ou expectativas", enfatiza a especialista, criadora da Terapia Transgeracional, docente e facilitadora de cursos, seminários e palestras.


Entre os sintomas físicos estão sudorese, palpitação, tremores, calafrios ou sensações de calor, sensação de falta de ar ou de asfixia, boca seca, náusea, dor abdominal, tontura e dor ou desconforto torácico. Dois em cada 10 casos têm a ocorrência de desmaios. "O organismo se prepara para um evento inesperado e desperta reações de defesa. Estas respostas provocam a liberação de uma grande quantidade de adrenalina na corrente sanguínea, o que causa as alterações fisiológicas necessárias para se ‘enfrentar o perigo’", elucida Bertoche.


Os sintomas podem ser confundidos com outras condições clínicas, como o infarto agudo do miocárdio, doenças da tireóide e arritmias. Normalmente quem sofre com o problema procura ajuda nos serviços médicos de emergência. "É preciso fazer uma investigação completa para obter o diagnóstico correto. Na Medicina tradicional, costuma-se utilizar os antidepressivos. O tratamento Homeopático vem apresentando boas respostas. Outra alternativa é a Terapia Transgeracional, uma abordagem psicoterapêutica que têm por objetivo agir na causa inconsciente que produziu o trauma, identificar e dissolver o bloqueio. O resultado é a libertação do sofrimento e o fim das crises", acrescenta.

Serviço:
www.terapiatransgeracional.com.br


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