O "burkini" é "incompatível com os valores da França", não se trata de um traje de banho, mas a "expressão de uma ideologia baseada na escravidão da mulher", disse o premier Manuel Valls, após várias cidades do país proibirem o uso da peça, criando polêmica em todo o mundo.
Segundo o premier, o uso do traje constitui "uma provocação" e representa uma "visão arcaica" de que o corpo da mulher é impuro e que deve ser completamente coberto. Em entrevista ao jornal "La Provence", Valls ainda disse ser a favor de uma lei nacional contra a peça. Na França já é proibido o uso do véu islâmico em instituições de ensino e repartições públicas.
Até o momento, ao menos três cidades do país proibiram o uso da peça alegando motivos de segurança após a recente onda de ataques terroristas reivindicados por grupos jihadistas.
A cidade de Cannes, que proibiu o uso do traje de banho muçulmano que cobre o corpo inteiro na semana passada, expediu recentemente sua primeira multa. Segundo o jornal local "Le Parisien", três mulheres foram punidas no último final de semana e terão que pagar 38 euros cada.