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Nove comportamentos que vão virar doenças psiquiátricas

13 mai 2013 às 09:56

Com lançamento previsto para o mês de junho, o novo manual de diagnóstico da Associação Americana de Psiquiatria deve aumentar o número de pessoas diagnosticadas com problemas psiquiátricos no mundo. Isso porque alguns distúrbios e comportamentos até então considerados 'normais' serão incluídos na publicação, passando a ser diagnosticados como doenças.

O chamado DSM-5, sigla em inglês para o Manual de Diagnóstico e Estatísticas de Doenças Mentais, é considerado a bíblia desse ramo da medicina. Editado pela Associação Americana de Psiquiatria (APA) desde os anos 1950, ele serve como base para médicos se pronunciarem sobre sua prática, universidades definirem linhas de pesquisa, seguradoras estabelecerem males cobertos pelos planos de saúde e até como parâmetro para acusação ou defesa de criminosos em julgamentos. Esta sera a quinta edição do livro, que define quem é normal ou não. Saiba quais são alguns dos problemas que ganharam 'status' de doenças:


Distúrbios sexuais


Como era: separados em distúrbios comportamentais (como fantasias) e disfunções como a falta de lubrificação e de orgasmos.


Como vai ficar: mulheres com desinteresse sexual em 100% dos encontros por seis meses podem ser consideradas doentes.


Esquecimento


Como era: não citado no manual.


Como vai ficar: o comprometimento cognitivo leve passa a ser considerado um quadro de pré-demência, passível de eventual tratamento.


Vícios


Como era: o manual anterior distinguia abuso e dependência de substâncias.


Como vai ficar: acaba a separação existente e novas compulsões ganham status de males - caso do jogo e da comida. Vício por internet deve ganhar atenção futura.


Acúmulo de objetos


Como era: considerado uma característica sintomática do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).


Como vai ficar: sob determinadas condições, passa a ser considerado doença.


Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)


Como era: podia ser diagnosticada a partir dos 7 anos.


Como vai ficar: a idade mínima foi aumentada para 12 anos. Mais sintomas serão exigidos para o diagnóstico em adultos.


Transtorno de personalidade


Como era: o DSM-IV trazia uma relação com dez transtornos - como os de personalidade antissocial, borderline, paranoide, histriônica e narcisista.


Como vai ficar: a classificação é mantida, mas se propõe uma revisão futura dos critérios.


Desregulagem perturbadora de humor


Como era: não citada no manual.


Como vai ficar: crianças com irritabilidade ou explosões de raiva frequentes por um ano podem ser diagnosticadas com esse mal - em vez de transtorno bipolar.


Transtorno de estress pós-traumático


Como era: exigia apenas três sintomas.

Como vai ficar: tem seu diagnóstico aperfeiçoado, com mais sintomas fazendo parte do pacote, incluindo sinais comportamentais. O diagnóstico para crianças será mais rigoroso. (Fonte: Women's Health / MdeMulher)


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