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Mulheres jovens também podem usar contraceptivos de longa duração

Redação Bonde
02 abr 2014 às 10:28

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- Reprodução
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Ao contrário do que muita gente imagina, a contracepção para jovens mulheres pode ir além das pílulas anticoncepcionais. Atualmente, existem no mercado inúmeras formas para evitar uma gravidez indesejada. José Bento, ginecologista e obstetra dos hospitais Albert Einstein e São Luís, desmistifica o uso de métodos contraceptivos de longa duração por jovens mulheres.

O especialista explica que as mulheres devem ser acompanhadas por um médico desde a primeira menstruação. Após minuciosa avaliação de saúde e histórico familiar, o médico, junto com a jovem, escolherá o método contraceptivo mais indicado.

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"Existem diversas opções de contraceptivos. Nem sempre o método indicado para uma garota, funcionará com outra da mesma idade, por exemplo. Por isso é importante sempre conversar com um médico", explica Bento.

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Ainda segundo o profissional, é crescente a busca por métodos de longa duração, principalmente por mulheres que não planejam engravidar num curto período de tempo, ou então, que não desejam ter filhos, mas não querem se submeter a processos irreversíveis.

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"É um movimento interessante, mulheres cada vez mais novas, em torno dos 18 anos, estão procurando contraceptivos de longa duração, não só para prevenir gravidez, mas para minimizar outros problemas, como sangramentos menstruais abundantes, por exemplo", comenta o especialista.


Atualmente, são considerados métodos de longa duração: DIU de cobre, SIU hormonal e implante subcutâneo, que podem durar de 3 a 10 anos, dependendo do método.

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O médico explica ainda que, cada vez mais, as mulheres jovens estão conscientes e preocupadas com sua saúde. Desta forma, tendem a escolher métodos que não cumpram apenas a função contraceptiva, mas ajudem a minimizar outros problemas.


"Os métodos de longa duração também podem ser uma boa opção para as mulheres mais esquecidas, que sentem grande dificuldade em tomar a pílula de maneira adequada, e acabam comprometendo a eficácia do medicamento", explica o especialista.

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Mesmo com a quantidade de informações disponíveis, ainda existem alguns mitos sobre o uso desses métodos. "Apesar de ser mais comum entre as mulheres mais velhas, nada impede que a jovem utilize o DIU ou SIU. No entanto, por ser um método mais invasivo, para aquelas que ainda não tiveram relações sexuais, acaba sendo recomendado como primeira opção o uso de pílula ou outro método", completa o Dr. José Bento.


DIU x SIU

O DIU apresenta uma haste em forma de "T" envolta em cobre, que libera íons do metal na membrana que reveste a camada interna do útero, o endométrio. Essa ação dificulta a capacidade do espermatozoide de se mover, impedindo que ele chegue ao óvulo e, consequentemente, ao processo de fertilização. Já o SIU (Mirena, da Bayer), é um pouco menor e feito de material plástico. Sua ação para impedir a gravidez decorre da liberação do hormônio levonorgestrel, que é liberado em pequenas doses por até cinco anos diretamente na região uterina. Além da alta eficácia, existe a vantagem da praticidade posológica e a menstruação tende a diminuir muito, podendo até desaparecer. Vale lembrar que nenhum desses métodos previne contra doenças sexualmente transmissíveis.


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